Capitúlo 1
POV-LUA
Lembro-me
bem dia em que descobri que havia ganhado o papel, estava eufórica,
liguei para Terrinha, minha irmã, e contei a ela a novidade. Já sabia
quem eram os outros candidatos, a Sofia,o Chay, o Micael, que havia sido
da Malhação comigo, a Carlinha, uma baixinha que fez o Clone, o Bê
(Bernardo Falcone) que me deu carona umas duas vezes...Em fim, várias
pessoas talentosas, eu já estava até com pouca esperança de ganhar o
papel.
Meu teste havia sido mais ou menos assim:
Entrei
numa sala onde o diretor (o Ricky), a escritora (Margareth) e outras
duas pessoas estavam, eu disse meu nome e idade, entreguei uma pasta com
fotos, contatos, trabalhos que eu fiz e etc. Então o diretor me
perguntou qual a música que eu cantaria (havia escolhido Coração de
Papel) e depois me pediu para falar da minha personalidade.
Para isto respondi: “sou tagarela, risonha, leal, as vezes um tanto explosiva....”
Depois
falaram que estava liberada e me prometeram entrar em contato (me
segurei pra não rir, entrar em contato, até parece!). Para minha
surpresa uma semana depois eu estava de volta no estúdio fazendo testes
para a segunda etapa, depois pra minha surpresa maior eu fui chamada
novamente, nessa terceira etapa eu iria contracenar com dois atores, que
fariam, possivelmente o meu par na novela, ou seja eu faria uma cena de
beijo duas vezes.
O
primeiro ator foi o Bê, ele era, assim como eu, animado e descontraído,
adorei trabalhar com ele, já o segundo um moreno sério, parecia uma
pedra de gelo seco, mas na hora de encenar o beijo, Jesus apaga a Luz, o
cara era muuuuito quente!!! Quase esqueci que estava encenando e meti a
língua! (hihihihihihi)
------------ DE VOLTA AO ÍNICIO-------------
Depois
de saber que passei no teste marquei com a Terrinha no cinema, lá
contei a ELA tudo do teste, inclusive o fato de eu ter quase beijado, de
verdade, o moreno. Ela riu e fez um comentário que em deixou
apreensiva:
“Imagina se vocês dois forem escalados? Vocês terão que fazer várias
cenas de beijo, cuidado Luh você não pode esquecer que esta atuando”
AHAAHSAHSHASHAHSASH e com isso ela caiu na gargalhada.
“Puts! Nem pensei nisso!!” eu disse já desesperada imaginando cada cena mais quente que a outra!
Continua...
Escrita por : Amanda
POV – Lua
Capitúlo 2
POV- Arthur
Eu
estava a caminho do clube ( do Mengão), quando recebi uma ligação, uma
tal de Margareth dizia que eu havia passado no teste, e que na sexta
feira eu era aguardado para assinar o contrato. Desliguei o celular, sem
nem me despedir. HAHA passei no teste, mas que P* de teste?Só podia ser
trote, de repente, gelei como um raio a ficha caiu, eu havia passado no
teste da novela! Sai correndo, nem entrei no clube, fui direto dar,
pessoalmente, a notícia pra minha mãe.
No
meio do caminho me peguei pensando se a Pérola havia conquistado o
papel também, e se a Loira, a outra atriz que contracenou comigo também
havia, ela era inquestionavelmente bonita, mas a alegria constante, e a
atitude relaxada davam nos meus nervos. Tudo parecia uma grande
brincadeira, mesmo na hora do beijo, que estava sendo um grande desafio
pra mim, ela estava calma, sem uma ansiedade. Eu nem conseguia falar,
mas a Loira não calava a boca.
POV- LUA
Cheguei
á Rec9 às 7 em ponto, estacionei o meu carro, que estava caindo aos
pedaços. Logo atrás vinha um 4X4 prata, notei que quem dirigia era o
moreno gostoso, quero dizer, seco. Do lado dele estava uma garota, rosa
demais, de cabelo preto e pele morena clara.Reconheci-a, ela havia feito
teste para a novela também. Apressei-me e fiz que não os vi, não estava
afim de cumprimentá-los.
Numa
enorme sala de reuniões encontrei o Micael, a Sophia, o Chay e outra
garota, que se apresentou como Mel. Segundos depois a porta se abriu.
POV- Arthur
A
Pérola não conseguiu o papel, mas foi chamada pros testes de atriz
coadjuvante. Entrei na sala de reuniões onde eu conheceria os outros 5
atores. Quando entrei a primeira pessoa que eu vi foi a Loira, que
apesar de estar de cabelo preso, foi fácil de reconhecer.
O
diretor e a escritora nos parabenizaram, e anunciaram quem seriam os
casais. O Micael e a Sophia fariam o casal Pelice, a Mel (essa eu ainda
não conhecia) e o Chay fariam Tomas e Carla, e muito para o meu desgosto
eu e a Lua (a loira) faríamos Roberta e Diego, um casal que viveria entre amor e guerra. Olhei-a na hora e notei que ela também me olhava.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capítulo 3
POV – Lua
Na
hora de anunciar os casais o diretor falou o nome do moreno, era
Arthur, tive que me segurar pra não rir, já que instantaneamente eu
imaginei ele vestido de príncipe tirando uma espada de uma pedra, como
no livro King Arthur.Olhei-o na hora que descobri que viveríamos uma
historia de amor e guerra, ou seja, muitas cenas de beijo, e pro meu
espanto ele me olhava também.
Alem
de falar quem seria par com quem, o diretor também anunciou que todos
nos faríamos oficinas, ou seja aulas especializadas de canto (EBAAAA),
instrumento (LEGAL) e atuação (medooo). Passaríamos dois meses fazendo
isso, até que finalmente começaríamos a gravar.
Depois
de nos explicar como seria a trama, mais ou menos, comentar os
personagens, e assinarmos os contratos (acho que eu fui a única que li
todas as pautas e questionei alguma coisa), nos deram a notícia que um
almoço seria servida para nos numa churrascaria do Humaitá (amei). Dois
carros da emissora nos levariam, num deles foi o Chay com a Sophia e a
Mel, e no outro eu fui com o Micael e o Arthur.
POV- Arthur
No
carro eu conversei muito com o Micael, cara super gente boa, e com a
Lua, que estava mais normal hoje, ela se desculpo e comentou que quando
ficava nervosa não calava a boca, mas que normalmente ela era um pouco
menos tagarela.
Na
hora de descer do carro fui ajudá-la a sair, porém ela acabou
tropeçando e eu tive uma BOA visão do decote dela, acho que fui
discreto, porque ninguém comentou a minha olhadinha, que por sinal foi
muito boa.
POV- Lua
Quando
chegamos ao restaurante o Arthur foi me ajudar a sair do carro, fiquei
tão surpresa com a educação dele, que tropecei no meu próprio
pé.Nervosa, acabei me segurando no braço musculoso dele e passei a mão
no abdômen,bem definido, dele.
Enrubesci
na hora, por sorte o Micael estava distraído e não viu essa cena
patética, e o Arthur não notou, ou não se incomodou, com a minha mão
boba.
POV- Arthur
O
toque da Lua no meu braço foi um choque, ou melhor uma descarga
elétrica. As mãos dela eram macias, e o rosto dela corado acentuava
ainda mais a beleza dela, se é que era possível.
Continua...
Escrita por : Amanda
Continua...
Capítulo 4
POV- Arthur
O
resto do grupo chegou logo depois, um garçom nos levou à mesa. Na minha
frente sentou-se a Lua, e ao lado dela o Chay, na direita dele
sentou-se a Sophia.Ao meu lado estava a Mel, e ao lado dela o Micael.
-Qual o ponto da carne?- perguntou-nos o garçom
-Mal passada- respondemos, eu e Lua, em coro.
Os
outros pediram bem passada. Aparentemente o meu gosto e o dela era mais
parecido que eu imaginava. Depois de pedirmos as bebidas um silencio
constrangedor surgiu.
POV- Lua
Após
os pedidos terem sido feito um silêncio surgiu. Eu não sabia se falava,
gritava ou twittava, mas a única coisa que eu tinha certeza era que eu
não agüentava mais aquele silêncio. Para o meu alivio, e aparentemente,
para o dos outros também o Chay decidiu falar:
- Então... Prazer Chay Suede, cantor. Ashahas Eai!? Eu sou o único que nunca atuou ou mais alguém é novo?
-Eu já fiz Malhação – respondeu Sophia- e atuei junto com o Thur no Bicicleta e Melancia.
- É, mas eu só fiz uma ponta no seriado, na verdade profissionalmente só nadei mesmo. - Arthur falou envergonhado.
“Ah isso explica o corpão” pensei, torcendo pra ninguém notar que eu olhava-o fixamente.
-Sério?! Eu era modelo- comenta a Sophia - Micael, você fez Malhação também né!?
-Fiz mas meu foco maior sempre foi a música. E você D. Blanco, não vai falar nada?
Eu ri por causa do jeito que ele falou, e quando ia começar a falar fui interrompida.
Continua...
Escrita por : Amanda
Continua...
Capitulo 5
POV- Arthur
Eu
estava curioso pra saber mais sobre a Lua. Ela não tinha cara de modelo
ou de Miss, como a Mel, nem de atleta. Mas quando ela finalmente ia
falar um homem chegou por trás e colocou as mãos nos olhos dela.
-Pedro, o perfume te denunciou- falou ela rindo e desvencilhando-se dele.
Então
esse era o namorado dela?Não gostei dele, tinha cara de galinha, todo
metido a galã de novela,e o jeito que ele colocou a mão na cintura dela,
com tanta intimidade me deu nojo. Ela deu um beijo na bochecha dele e
sussurrou algo no ouvido dele.
- Esse é o namorado dela?- perguntou-me Mel.
-Deve ser- respondi seco.
Ele deu um tchau pra nós e foi pra uma mesa, onde uma morena muito linda estava- canalha!- e deu-lhe um selinho.
-
Desculpa o meu irmão, mas, como eu ia falando, eu já fiz participação
em algumas novelas, mas nada muito significativo, eu tenho uma banda,
mas com esse novo projeto vou ter que sair dela por um tempo. Eu já
apresentei também a TVGlobinho, não sei se conta.- Disse ela ficando
seria de repente.
Quase
pulei de felicidade quando ela falou irmão! Melhor que amigo, e mil
vezes melhor que namorado, mas do que isso me interessava?Eu tinha uma
namorada, amava-a, estávamos juntos há dois meses.
POV- Lua
Falar
da minha vida tem sido um desafio pra mim , principalmente a fase pós
TV Globinho. Só havia aceitado ser apresentadora para conseguir dinheiro
para comprar um AP, mas com a doença do meu avô acabei vendendo-o e me
mudando pra casa dele.“Luh você esta bem?” Escutei a Sophia falar, foi
ai que percebi que uma lágrima escorri pelo meu rosto.
-Estou
ótima- menti- só estava lembrando de uma coisa...- disse forçando um
sorriso.A situação com meu avô me afeta, muito, apesar de ser algo que
eu convivo a mais de um ano. Sempre fui muito próxima dele.
POV- Arthur
Ver
a Lua chorar despertou uma raiva em mim, que eu não conhecia, tive
vontade de abraçá-la, descobrir quem era culpado pela tristeza dela e
espancá-lo.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capítulo 6
POV- Arthur
Depois
de cada um revelar um pouco mais de sua vida (Mel ser ex- Miss Bum-bum,
Sophia fã do Chay, Micael o primeiro protagonista da Malhação negro, eu
nadador premiado e a Lua formada em letras) voltamos ao Rec9, onde nos
separamos.
Lá
eu fui para uma reunião, individual, com a escritora para discutir
sobre o problema de alcoolismo do meu personagem e o problema de
relacionamento dele com o pai. Depois fui conhecer a professora de
canto, que era muito simpática.
Quando me dirigia pra ala dos figurinos esbarrei numa pessoa.
POV- Lua
Estava
atrasada, desci as escadas correndo. Testar a maquiagem, os acessórios e
principalmente as roupas havia sido muito divertido. Juntamente com a
figurinista rasguei jeans, blusas, transformei colares em pulseiras,
fizemos anéis virarem broxes... em fim fizemos muitas coisas. Até o
smoky eye preto eu aprendi com a minha maquiadora!A próxima parada seria
visitar a minha futura professora canto.
Quando
fui entrar num corredor esbarrei com tudo em alguém. Era o Bê, ele
acabara de descobrir que seria ator coadjuvante na trama, seu personagem
seria um nerd, que não tinha nada haver com ele, amigo da personagem da
Carlinha.
Despedi-me
dele e sai correndo pra aula de canto, a professora me elogiou, mas
também ressaltou que eu poderia melhorar ainda mais....
POV- Arthur
Eu
esbarrei na Pérola com tudo, ela já ia fazer uma cara feia pra reclamar
quando viu que era eu. Ela me beijou, disse que havia conseguido o
papel, me convidou para dormir na casa dela e celebrarmos as nossas
conquistas....
Para
o meu espanto, e desespero, em vez de animar-me em transar com ela, me
peguei pensando como a Lua comemoraria, se ela passaria a noite com
alguém e, principalmente, se ela tinha ou não um namorado.
Continua...
Escrita por : Amanda
POV- LUA
Capitulo 7
POV- LUA
Decidi
adiar o lanchinho da tarde e ir direto para a reunião com a professora
de atuação. No saguão vejo um casal ficando, ou melhor se comendo, e
penso “vou indicar um motel pra esses dois”. Quando eles param de se
beijar eu quase infarto, o garoto era o Arthur e a garota era uma das
que havia feito o papel pra Alice, a Pérola Faria.
-
Oi Lua! Pérola essa é a Lua, a atriz que fará a Roberta- ele disse
apontando pra mim. Apesar de estar louca pra sumir, andei até eles e
cumprimentei ela, que me deu dois beijinhos na bochecha, quando fez isso
senti, com desgosto, o perfume do Arthur.
- Ah, Oi.. Prazer- eu disse já andando em direção à porta.
-Oi, parabéns pelo papel, o Arthur te elogiou muito.- Disse-me ela, matando-me de vergonha.
-Obrigada-sorri- Arthur te vejo mais tarde, foi um prazer conhecê-la.
Falando isso sai correndo, escapando do casalzinho na fase mô.
POV- Arthur
Estava
dando um beijo de despedida na minha namorada, quando vi a Lua.Ela
estava diferente, claramente já havia passado pelas figurinistas, usava
um vestido preto justo, que acentuava as curvas do seu corpo ainda mais e
os olhos estavam bem marcados com sombra preta.
Parei de beijar a Pérola, cumprimentei a Lua e apresentei-as, sem dizer que a primeira era minha namorada.
A Pérola, pro meu profundo constrangimento, disse à Lua que eu achava-a excelente atriz.
Após
conhecer os figurinistas e passar pelos ateliês decidi dar uma passada
na lanchonete. Quando cheguei reparei que estava fechado, obviamente, já
que eram 23hs.
-Está com fome?- perguntou-me alguém.
Continua...
Escrita por : Amanda
POV- Arthur
Na manhã seguinte acordei abraçado nela, estava desanimado, o dia anterior havia sido tumultuado e a partir de segunda minha agenda seria ainda mais lotada.O pensamento de ver a Lua de segunda a sábado pelo próximo ano inteiro estava me deixando nervoso, eu e ela jamais poderíamos ser nada.Ela jamais desejaria algo.
Capítulo 8
POV- LUA
-Está com fome?- perguntei, sentada num sofá
-Pô, nem te vi!
-Valeu, então eu sou tão desprezível que chego a ser invisível?- falei fingindo estar magoada
- Am... Desculpa....-
-Calma eu estava só brincando- Droga deixei-o sem graça- quer?- perguntei oferecendo metade do meu sanduiche.
- Pô, aceito to morrendo de fome- disse ele sorrindo, com um sorriso que ai meus Deuses!!!
POV- Arthur
A
visão dela sentada naquele sofá, como se tivesse em casa, com as pernas
dobradas, o que me dava uma bela vista, estava me deixando louco.
Com esse pequeno dialogo iniciamos uma conversa, que só acabou porque eu recebi um sms da Pérola:
“Thutuzinho, cadê você meu amor??? Estou cansada e com muita fome (não de comida)! Esqueceu de mim?
Um beijão da sua namorada!”
PQP
esqueci dela, sem razão fiquei brabo por ela ter interrompido a minha
conversa com a Lua, apesar de sexo ter tudo pra ser melhor....
Despedi-me dela, e agradeci pelo sanduiche. Quando fui dar um beijo de
tchau ela virou a cara e demos um selinho, quase, isso mecheu comigo, e o
pensamento que teria que ir pra cama com a Pérola pensando em outra me
dava nojo. Eu era um canalha, não merecia nem uma das duas.
POV- Lua
Puts,
ele teve que ir embora, e o pior pra casa da namorada. Enquanto ele
comia o meu sanduiche fiquei imaginando a língua dele passando na minha,
os lábios macios dele acariciando o meu corpo, mas na hora que ele
disse que teria que ir se encontrar com a namorada a única coisa que eu
visualizei foi eles trepando!
Fui
para casa desanimada, me deitei no sofá e fiz a única coisa que poderia
me animar naquele momento, devorei uma barra de chocolate.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 9
POV- Arthur
Entrei
no carro correndo, ficar com a Lua estava sendo ótimo, mas eu tinha que
esquecê-la. Dirigi rápido até a casa da Pérola, falei com o porteiro,
que me deixou entrar sem avisá-la, já que ele me conhecia a tempo.Abri a porta do apartamento dela, que estava destrancada e fui procurá-la. Ela me esperava na cama.
Se
eu dissesse que isso era surpresa estaria mentindo, sempre que eu me
atrasava ela me esperava lá. Como uma cobra que espera a sua presa.
-
Desculpa o atraso, não vi que era tão tarde, e por isso fui parar pra
fazer um lanche após as oficinas.- disse beijando-a. Ela pareceu não se
importar, me beijou com intensa paixão e começou a abrir a minha blusa.
Na manhã seguinte acordei abraçado nela, estava desanimado, o dia anterior havia sido tumultuado e a partir de segunda minha agenda seria ainda mais lotada.O pensamento de ver a Lua de segunda a sábado pelo próximo ano inteiro estava me deixando nervoso, eu e ela jamais poderíamos ser nada.Ela jamais desejaria algo.
POV-Lua
Acordei
cedo e decidi convocar uma reunião com o pessoal da banda. Tinha que
avisá-los que eu teria que me ausentar por um tempo, pra que os meus
projetos não se misturassem. Não seria um choque tão grande pra eles, já
que eu havia avisado que eu deixaria a banda se conseguisse o papel.
Ficou
acordado que eu gravaria um vídeo, que seria postado no youtube me
despedindo da banda. Na hora de gravar comecei a chorar umas três vezes,
por fim o meu comunicado estava feito.
Na
segunda feira decidi me vestir com uma roupa confortável, já que a
oficina seria de atuação, vesti uma wet legging, uma regata lisa preta e
branca, e uma bota de cano curto sem salto. Como estava com tempo
passei na cobal e comprei um latte e um croisant. Fui a última a chegar
na Rec9. Todos me aguardavam numa sala ampla, com almofadas no chão.
POV- Arthur
Passei
o fim de semana com a Pérola e com a minha família. Não pensei nem uma
vez na Lua, porém quanto ela entrou na sala com um enorme sorriso, não
contive os meus pensamentos. O nosso primeiro exercício seria feito em
duplas, e pra nos deixar mais familiar uns com os outros dividiram pelos
casais da novela
Continua...
Capitulo 10
POV- Lua
Ótimo,
meu primeiro exercício de atuação, na minha primeira aula, e já estou
tendo que trabalhar com ele! O exercício seria um ficar de frente pro
outro fazendo expressões faceais. Depois fomos trocando de duplas, até
que todos tivessem feito com cada um dos outros 5. O Chay e o Micael
eram muito palhaços, não tinha como ficar sem rir, mas pra minha
infelicidade isso era só o inicio de um longo dia de aula.
Enquanto
lanchávamos na lanchonete da emissora, alguns outros atores chegaram,
eles estavam lá para assinar o contrato e receber orientações sobre o
personagem, entre eles estava a Pérola, que foi logo abraçando o Arthur.
Tive que ainda ouvir o Micael e o Chay comentando como ele era sortudo por ter uma namorada daquelas!
Fizemos
uns exercícios de posicionamento, pra aprender a se posicionar no set,
assim não tapando nem uma câmera e nem ficando de costas pra alguma. Na
quarta feira teríamos que apresentar um monólogo, neste apresentaríamos,
uns aos outros, os nossos personagens.
POV- Arthur
Quando
finalmente tivemos um horário pra descanso a Pérola e outros atores
chegaram. Tive que fazer uma anotação mental pra falar com ela, que em
local de trabalho não queria ficar me agarrando com ela. As vezes tenho
a impressão que cada vez mais estamos distantes... Despeço-me dela e
vou com o resto do núcleo principal pra oficina.A idéia de fazer um
monologo me anima, adoro desafios.
-----
Duas semanas se passam, os atores estão cada vez mais próximos, a
Sophia e o Chay não conseguem mais esconder o clima entre eles, o Arthur
passa a evitar ao máximo a Pérola---------
POV- Lua
Eu
simplesmente não acredito! O que eu mais estava temendo vai acontecer!
Só o pensamento me deixa tonta, até sem ar! A Terrinha diz que eu estou
ficando louca, que ando pela casa resmungando sozinha, mas se ela
soubesse o que eu passando ela me entenderia.
POV- Arthur
A
noticia, veio que nem uma bomba pra mim, eu estava evitando pensar
nisso ao máximo possível, isso seria um desafia pra mim, apesar de já
ter feito isso varias vezes, 5 em uma peça só.
Continua...
Escrita por : Amanda
Continua...
POV- Lua
Continua...
POV- Arthur
POV-Arthur
POV- Lua
POV- Arthur
POV- Arthur
POV- Lua
POV- Lua
POV- Lua
Continua...
Continua...
Continua...
Continua...
Capitulo 11
POV- Arthur
Saber
que teríamos que se beijar na novela eu sabia, saber que eu faria isso
com a Lua, não era novidade. Mas que treinaríamos os beijos era, sem
duvida, uma surpresa! A Margareth escreveu uma pequena cena pra cada
casal, e nós teríamos que apresentá-las na próxima semana. A novidade
veio numa sexta, e nos teríamos exatamente sete dias pra se preparar.
Decido oferecer pra treinarmos na minha casa:
- Lua, se você quiser a gente pode ensaiar lá em casa, sábado esta bom pra você?- pergunto.
-
Ah pra mim está ótimo, mas você se importaria se fosse lá em casa? Meu
avô está doente- ela respirou fundo- e como não tem ninguém que fique
com ele no sábado eu vou ficar lá. Mas não se preocupe que de tarde ele
dorme então ele não nos incomodará.
-Sem problemas, que horas?
- As três?
-Marcado
POV- Lua
Não
sei porque eu contei a ele que meu avô estava doente, eu não costumo
mentir, mas raramente comento sobre esse fato. chamá-lo pra ir na minha
casa já era algo grande, pra ensaiar uma cena de beijo era maior ainda!
------SABADO-----
Depois
de comprar algumas coisas pro lanche, e arrumar a casa me sentei na
rede da varanda e comecei a ler o texto. Ouvi um barulho de carro
estacionando, e dele sai uma voz, ou melhor duas:
“Eu não agüento mais essa sua rotina....
-Mas você sabia que se eu conseguisse o papel eu teria uma rotina assim!
-É,
mas eu imaginei que eu também passaria! Que ficaríamos juntos! Você
nunca tem tempo pra mim! Não da mais, chega, se decide, o papel ou eu!
Você realmente quer que eu escolha? Nem preciso te responder, o papel é obvio! Eu te amo, mas não sou trouxa!”
E com isso escuto uma batida de porta. Segundos depois a campainha toca.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 12
POV- Arthur
Do
momento em que eu disse a Pérola que eu teria que ensaiar com a Lua,
até chegar na casa dela eu e Pérola não paramos de brigar. Até
estacionado na frente da casa da minha colega a briga não parou.
Por
fim, já desgastado e insatisfeito com o nosso relacionamento preferi
encerrá-lo, não queria estragar a nossa amizade, e se ela pensava que eu
escolhê-la-ia em vez do meu trabalho ela estava louca!
Toquei
a campainha da Lua, e segundos depois ela abriu. Ela estava usando uma
roupa bem diferente da a que eu normalmente vejo ela, nada de calça
colada, ou cores escuras, pelo contrario, era um vestido branco solto,
mas como normalmente curto caindo-lhe muito bem.
- Você esta bem?- ela me perguntou com uma voz de preocupada- se quiser nos podemos fazer isso amanhã, ou sei lá....
- Não, estou ótimo. Você ouviu tudo?
- O suficiente.... Então você quer ensaiar aqui fora ou prefere lá na sala?
Nesse momento eu notei que o enorme jardim tinha uma vista pro mar, não tive dúvida, era ali o lugar
perfeito pra ensaiar, e esquecer minha ex-namorada.
-Você quer algo pra beber?
-Não, então você já deu uma lida no texto?
-Estava começando agora.... Vamos ler juntos e depois pensar como encenar?
-
Ok- disse a Lua andando até um banco na varanda e apontando pra
poltrona que ficava ao lado, como se me oferecesse pra sentar.
Sentei-me
ao lado dela, e enquanto ela lia “Você é um grosso, um inútil, eu te
odeio, eu me odeio! Odeio-me por não conseguir parar de te amar, por não
ter força pra acabar o que nos começamos junto.” Fiquei observando-a,
como era linda, como os olhos dela brilhavam enquanto ela lia, e como as
mãos dela brincavam com a ponta de um dos cachos de cabelo....
-Você
não vai ler?- perguntou-me ela, ah sim, respondo e leio o texto sem
sequer prestar atenção. Quando acabo ficamos nos olhando, penso em
perguntar se vamos ensaiar o beijo, ou se faremos no improviso, mas ela é
mais rápida e pede que eu decida. Suspiro, e levando em conta os meus
desejos, afirmo que se praticarmos passaremos maior realismo.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 13
POV-Lua
Ele
me surpreendeu, imaginei que como havia terminado o relacionamento hoje
ele não iria querer praticar o beijo, mas pra minha felicidade, ele
quis.
- Então... –digo, como se desejasse que ele escolhesse como e onde nos beijaríamos.
-Uhum...- Diz ele meio sem graça.
Ao
mesmo tempo nos levantamos e como se fosse ensaiado nos aproximamos,
ele me puxa pela cintura, e eu coloco as mãos no pescoço dele, quando
nossos lábios finalmente se tocam eu sinto um calor tomar conta do meu
corpo. O beijo começa devagar, mas uma sede me bate e como se em
resposta a isso ele acelera o beijo, sinto que ele me agarra cada vez
com mais força, minhas mãos acariciam a nuca dele e a Mão dele viaja da
minha cintura pro meu pescoço, como se quisesse me puxar mais para o
beijo.
POV- Arthur
No
momento que nos levantamos e começamos a nos beijar uma alma estranha
tomou conta de mim, meu desejo era esquecer tudo, que ela só me beijava
por obrigação, mas em vez disso segurei-me, contentei-me a beijá-la
falsamente, segurei todos os meus impulsos, não joguei-a na poltrona e
arranquei a sua roupa, nem meti a língua naquele beijo quente, mas seco.
Quando
estava a ponto de ceder aos meus desejos escuto uma voz, de um senhor,
dizendo “Lua! Lua! O que está fazendo? Vamos nos atrasar para a
apresentação!”
Olho
a Lua que está pálida, ela me olha como se pedindo desculpas, e corre
para aparar o senhor, que eu imagino ser o avô dela. “Vô, não tem
apresentação, o senhor se aposentou, você precisa descansar” diz ela com
uma voz tremula, levando-o pra dentro de casa.
Quando
ela volta ela diz “Desculpa, ele esta tendo crises.... Então, se
importa de pararmos de ensaiar por hoje? Eu perdi a cabeça...”
- Não, imagina, você esta bem?
- Quem devia perguntar isso era eu né? Afinal foi você que acabou o namoro hoje.
-
Foi para o melhor, nos já não estávamos mais nos entendendo, já não
suportávamos mais um ao outro.- Eu disse rindo- Agora namorar só depois
da novela mesmo.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 14
POV- Lua
Depois
de mais uma crise do meu avô decidimos ficar só conversando, dar um
tempo no ensaio, sinceramente se tivesse mais um beijo eu não me
responsabilizaria pelos meus atos.
Saber
que o relacionamento dele era realmente passado me deixou feliz, mas
saber que ele não tinha o desejo de ficar com mais ninguém até o final
da trama me desanimou. Depois de pegar um sorvete pra nos dois Arthur
fez uma pergunta que eu não esperava.
-Você tem namorado?- quase me engasguei.
- Não, namorei um ano e meio, mas acabei o namoro antes que o namoro me matasse.
-Ah, e isso faz muito tempo?
-Um mês.
POV- Arthur
Um
ano e meio? Foi sério então! Ela não é do tipo que namora por namora...
Será que ela ainda gosta dele? Será que ele ainda gosta dela? Ah se
curiosidade matasse eu estava morto.
Depois
do sorvete decidimos voltar ao trabalho, ela repetiu as falas dela e eu
as minhas,aproximo-me dela pra beijá-la novamente, mas uma musica do
Guns começa a tocar então me ligo que a musica vem do meu celular.
Era
a Mel, a Sophia estava dando uma noite na casa dela e estava me
convidando pra ir, depois me perguntou se eu estava com a Lua e me pediu
pra convidá-la também. Ela aceitou, me ofereci pra levá-la, mas ela
disse que não havia necessidade, me despedi dela e fui pra casa tomar um
banho.
Chegando
lá separei uma camiseta azul e um jeans escuro, tirei a roupa e entrei
no banho, fiquei imaginando o que a Lua usaria, se me surpreenderia de
novo com uma roupa que era o oposto do estilo dela ou se usaria algo
provocante.
Ao chegar à casa da Sophia vi que todas as imagens da Lua que viam a minha cabeça não faziam jus à beleza dela.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 15
POV- Lua
Depois
de me despedir do Arthur, que mesmo após tantas horas de ensaio e do
calor sufocante do Rio, ainda estava muito cheiroso. Fui até o meu
quarto, abri o armário e entrei no dilema de todas as mulheres, não
tinha roupa.
Meu
irmão chegou minutos depois do Arthur, confirmei com ele se não havia
problema eu ir na noite. Ele afirmou que não, e acrescentou que se eu
quisesse ele passaria a morar com o nosso avô pra eu me dedicar ao meu
novo projeto.Disse-lhe que pensaria, antes tinha que decidir a roupa que
eu usaria logo mais a noite.
Depois
de tomar um banho, de água fria, pentear os cabelos e fazer o smokey
eye preto coloquei uma saia de cintura alta preta e um corpete de renda
azul bem escuro, quase preto. A roupa era simples, mas acentuava o meu
corpo, não que eu quisesse ser notada, mas tambem não queria parecer uma
freira....
Cheguei
na festa junto com a Mel, estacionei o carro ao lado do dela. Nos
abraçamos, ela comentou do ensaio com o Chay e me perguntou como havia
sido com o Arthur. Respondi que tinha sido bom, não comentei que quase
agarrei ele e que não conseguia parar de pensar nele....
Entramos
na casa, onde Sophia, Chay e Micael conversam, cumprimento-os e quando
me viro pra ir falar com outras pessoas vejo o Arthur chegando.
POV- Arthur
Os
outros estavam conversando quando eu cheguei, fui andando em direção
deles quando a Lua passa por mim e me da um oi, depois ela sai e fala
com umas outras pessoas. Entre eles um cara loiro que ela senta no colo.
Evito olhá-los, prefiro conversar com os meninos, e notar as outras
meninas, apesar dos meus olhos correrem pra Lua como se ela fosse um
imã.
Uma
música lenta começa a tocar, vejo Chay puxando a Sophia pra dançar e
logo depois o loiro e a Lua dançando abraçados. Ele a puxa mais para
perto, coloca o cabelo dela pro lado e se inclina para beijá-la.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 16
POV- Lua
O
Ian era meu ex colega de faculdade, um loiro sarado com fama de gay,
por isso sempre me senti à-vontade perto dele, uma vez ate trocar de
roupa após o banho eu troquei na frente dele.
Quando
ele me chamou pra dançar aceitei, afinal éramos apenas amigos, mas no
momento que ele começou a me puxa pela cintura, mexer no meu cabelo e
beijar o meu pescoço notei que de gay ele não tinha nada.
Soltei-me
dos braços dele, mas insistente ele me puxou, disse a ele que não
queria nada e sai andando de pressa em direção ao Micael e o Arthur.
Chegando lá notei que os dois riam de mim, perguntei seria que graça eles viam na minha situação,Arthur sorridente me respondeu, nada, só estava apostando se vocês iriam ficar ou não.
POV- Arthur
Ver
aquele cara levar um tremendo pé na bunda havia feito minha noite, a
Lua não gostou muito da gente ficar rindo dela, mas, aproveitando-me da
situação, passei um braço em torno dela e disse:
“Calma loira, se você ficar com a gente nada vai te acontecer”
Ela
ficou seria, depois começou a rir, até o final da noite ela não saiu
mais de perto da gente. Enquanto ela busca um Matte pra ela uma gostosa
vem e me pede pra dançar com ela...
POV- Lua
Quando
eu vi aquela mulherzinha chegando no Arthur toda se insinuando, não
pensei duas vezes, era a minha chance de sacaneá-lo e espantar a
baranga. Andei até ele e o Micael, que fitava-a com olhos famintos,
segurei o braço do Arthur e falei:
“Amor agora a gente vai dançar né”, Arthur entrando na brincadeira disse.
“Claro
linda” e surpreendendo-me me deu um beijo, foi técnico, mas me pegou de
surpresa. A fulana nem esperou uma resposta dele, saiu de perto
enraivecida. O Micael nos olhava em choque, comecei a rir e disse
“Já que vocês riram da minha situação, eu me aproveitei pra vingar-me do Arthur.”.
Logo
depois chega o resto do elenco, perguntando se todos estavam vivendo o
mesmo sonho louco ou se nos havíamos nos beijado. Salvando-me o Arthur
explicou a situação a todos, que riram.
Continua...
Escrita por : Amanda
POV- Arthur
Continua...
Capitulo 17
POV- Arthur
A
noite da Sophia rendeu assunto por um bom tempo, ter beijado a Lua foi
algo muito bom, mas os beijos técnicos já não me agradavam tanto, eu
ansiava por mais, mas sabia que não podia ter nada a mais. Beijá-la na
festa foi muito bom, e aproveitando-me muito da situação deixei a minha
mão viajar pelo corpo dela, em lugares decentes.
Já
haviam se passado duas semanas desde a noite e o fim do meu namoro, ou
seja, um mês desde a assinatura do contrato. Cada vez mais a minha
amizade com a Lua crescia.
Nas
oficinas de canto muitas vezes ela era chamada pra mostrar um
exercício, ou demonstrar algo, já nas aulas de atuação cada vez mais nós
tínhamos exercícios juntos, atividades fora do horário de trabalho.
Nesse mês passei a freqüentar muito a casa dela, conheci o Pedro e a
Ana, alem dos ex colegas de banda dela.
Hoje
eu e o resto do elenco faríamos mais um teste com os figurinistas,
possivelmente cortaríamos o cabelo, ou pintaríamos- o, coisa que eu
torcia contra. A Mel foi a primeira ser liberada, o cabelo dela estava
mais curto, já a Sophia havia feito mega hair e feito luzes, quando elas
desceram eu e os meninos batemos palmas.
-
Eles não sabem o que vão fazer com o cabelo da Lu ainda, estão
decidindo se cortam, pintam, esta a maior discussão lá em cima.- afirmou
a Sophia.
Fiquei
imaginando a Lua ruiva, de cabelos lisos e curtos, seja lá o que
fizessem ela estaria bonita e isso era certo. Mandaram-nos subir,
passaram gel no meu cabelo, e fizeram chapinha no do Chay, já o Mica
teve os fios aparados.
Fomos
levados pra o local onde fariam a sessão de fotos promocionais. As
meninas já estavam vestidas com o figurino e tiravam fotos individuais,
porém a Lua não estava lá, depois um a um nos tiramos as fotos, mas
mesmo assim nada dela. A uma hora da tarde param a sessão para que
almoçássemos.
Continua...
Capitulo 18
POV- Lua
Depois
de umas três horas discutindo sobre o meu cabelo decidiram mantê-lo
loiro, porem fizeram umas luzes invertidas e cachearam-no, alem de terem
o cortado um pouco abaixo dos ombros.
Fui
correndo à lanchonete, chegando lá vi que todos já estavam comendo,
senti um leve desconforto por todos estarem me olhando quando entrei no
refeitório.
- Tu esta linda- gritou a Mel.
-Obrigada, senhorita “eu entrei mil vezes na fila da beleza quando fui criada”- respondi rindo.
O cabelo do Arthur todo penteado me dava um ENORME desejo de bagunçar. Mas contive-me.
POV – Arthur
A
Lua estava diferente com aquele corte, mas isso só deixava-a mais
bonita, com uma cara de mais nova, mas ao mesmo tempo acentuava os
traços exóticos do rosto dela.
Na
hora das fotos em casais minhas mãos eram levadas como imã à cintura
dela, já ela gostava de posar brincando com a minha gravata e fazendo
careta, muitas vezes ria dela, obrigando o fotografo a tirar de novo a
mesma foto.
------Passado algumas semanas-------
POV- Lua
Eu
e as meninas nos unimos de forma surreal, e quanto mais tempo eu ficava
com o Arthur mais eu implicava com ele, cheguei a tal ponto de demência
que coloquei pimenta na comida dele enquanto ele pegava um suco.
Hoje
seria o primeiro dia de filmagem, eu estava com os nervos à flor da
pele. Gravaríamos hoje algumas cenas na escola, entre elas a do meu
primeiro beijo com o Arthur. O primeiro casal a se beijar foi a Sophia e
o Micael, tiveram que fazer a cena três vezes, numa o problema foi o
nervosismo dos dois, na outra a falta de realismo, mas no final a cena
ficou perfeita. Todos nós assistimos.
Depois
o Chay e a Mel fizeram a cena do beijo na piscina, enquanto isso eu e a
Sophia gravávamos uma cena no quarto. Por fim ficou decidido que
gravaríamos também a cena do meu primeiro beijo com o Arthur no final da
tarde.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 19
POV- Arthur
Gravamos
várias cenas no “colégio”, elas não eram feitas em ordem de exibição,
mas sim por local. No final do dia o Rick chamou-me e à Lua para nos
notificar que o nosso primeiro beijo seria gravado ainda aquele dia, em
vez da semana seguinte como estava programado.
Na
hora do almoço (Às 16hs), sentei-me na mesa onde todos riam, perguntei
qual era o motivo e me responderam “Você pensou que se livraria de
beijar hoje, HAHAHAHHA, mas se deu mal, HAHAHAHA, todos nós vamos ter
que passar por essa humilhação”
Nesse
momento chega a Lua, com um robe branco por cima do figurino pra que
este não se estragasse, ela faz a mesma pergunta que eu e recebe a mesma
resposta. Pra minha surpresa ela diz “Puts, vou ter que beijar esse
ogro, HAHAHA” Diz ela em tom de brincadeira, eu sem perder a chance,
retruco “Antes um ogro à uma selvagem” Digo usando o apelido da
personagem dela. Todos começam a rir, e eu fico pensando o que se passa na cabeça dela.
Já
eram 20:30h e nada de gravarmos a bendita cena. Já estava exausto, às
8h da manhã fui à academia, depois fui direto à emissora, onde desde
então estou trabalhando sem descanso.
POV-Lua
Cada
dia que se passava parecia que eles conheciam-me mais, já sabiam lidar
com o meu temperamento explosivo, e com as minhas piadas, o Arthur já
sabia até respondê-las muitas vezes.
Depois
de gravarmos as últimas cenas individuais, retornei ao camarim onde
tive a minha maquiagem retocada e o cabelo ajeitado. Era fato, o beijo
se aproximava. Não tinha mais como fugir, cada vez mais eu teria que me
acostumar com essa situação.
Fico
imaginando como será beijá-lo novamente, e principalmente na frente da
ex dele que estará na cena também. Antes, porém, gravaremos uma cena na
“biblioteca” onde nós dois discutiremos um plano, que ele sugerirá um
beijo entre nos dois pra resolver o problema.
Estou me direcionando ao local onde será filmado quando o Arthur passa por mim.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 20
POV-Arthur
Estou
saindo do meu camarim e indo em direção ao cenário quando vejo a Lua
passando, apresso o paço e dou um “oi”, ela sorri e continua andando,
pergunto se tudo está bem, e ela responde que está nervosa com as cenas,
eu rio, pensava que era o único, digo a ela que ela não tinha o que
temer, que sairia tudo bem. Ela sorri e me abraça.
Quase que esqueço tudo e agarro-a no corredor, mas em vez disso apresso o pé pra chegar na hora pra gravarmos.
Gravamos a cena e voltamos ao hall de entrada enquanto esperamos a próxima cena.
POV- Lua
Já
são 22:30 e até agora nada de gravarmos a tal cena de beijo, a Sophia e
o Chay estão sentados juntos, enquanto isso eu e a Mel combinamos uma
saída.... Nisso chega o Rick chamando-nos para gravarmos a cena.
Meu
coração dispara, tento não esquecer a fala, e não lembrar que sou eu
que vou ter que agarrar o Arthur. Sento-me ao lado dele, e concentro-me
em falar corretamente “MAS ISSO É UMA INJUSTIÇA, EU VOU DENUNCIAR A
TODOS OS JORNAIS!!, depois numa voz mais baixa eu me viro pro Arthur e
falo “Você acha que o seu plano tinha alguma chance de dar certo?”
Ele
responde “Acho que se tentássemos...” E com isso eu digo “Então terão
que expulsar-me também”. Levanto-me da cadeira e agarro a gola do paletó
dele. Inclino-me pra beijá-lo.
POV- Arthur
A
Lua proclama as falas dela sem nem gaguejar, ela se levanta com
firmeza, e em total improviso, puxa-me pela gola do paletó. Ela ficava
tão sexy quando fazia aquela cara de decidida, que tenho medo dos
estragos que o nosso beijo causará....
Ela se inclina pra me beijar, eu puxo-a com força...
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 21
POV- Lua
Estamos
com os lábios já se tocando quando o Rick grita “corta”, juro que nunca
tive tanto ódio na minha vida. Todos batem palma. O Rick grita por
silencio e diz
“Vamos gravar tudo de novo, e Lua, adorei a puxada pelo paletó, pode mantê-la.”
Sorrio
e gravamos tudo novamente, meu coração já estava a mil, se havia ficado
bom qual era a necessidade de gravar novamente? Queriam me torturar?
Tive certeza que sim, quando o Rick nos avisou que deveríamos apenas
parar de nos beijar quando ele gritasse corta novamente.
Falo todas as minhas falas novamente e quando puxo Arthur pela gola pra que ele me beijasse novamente levo um susto.
POV- Arthur
Não
me seguro, quando a Lua me puxa esqueço que estou atuando, na frente de
muitas pessoas, entre elas a minha ex, e beijo-a com força, não era um
beijo técnico. Beijo-a com sede, e ela responde beijando-me com a mesma
intensidade. Agarro-a com mais força, sinto ser separado dela por
alguém, e ai me lembro que na cena o diretor nos separaria, mas
deveríamos voltar a nos beijar.
Puxo-a pela cintura e ela ri antes de voltar a me beijar, só paro quando escuto o sonoro “corta”.
Pov- Lua
Ele
me beijou de língua, ou fui eu que o beijei de língua? Não sei, o que
sei é que nos beijamos, e foi bom, muito bom, fiquei até sem ar. O
diretor nos parabeniza pela cena, que segundo ele ficou muito realista
(se ele imaginasse a verdade) e somos liberados, fim de gravação por
hoje.
No
camarim as meninas estão conversando sobre as cenas de hoje, evito ao
máximo me encontrar com ele, tenho medo de saber o que ele vai dizer
sobre o nosso beijo. ”Lua você vai jantar com a gente?” pergunta-me
Sophia, já havia esquecido, eu teria que jantar com o Arthur, e o resto.
Vou claro, respondo. A Mel diz que esta cansada e que não vai mais.
Então
sobramos eu, Arthur, o casal romântico (Sophia e Chay) e o Micael, que
havia ficado de nos apresentar a namorada. Ou seja, um encontro de
casais. Eu aviso a eles que eu passaria em casa antes de me encontrar
com eles no restaurante, precisava de um pouco de ar.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 22
POV- Arthur
Entro
no meu camarim ainda atordoado com o beijo, havia sido algo de arrancar
o lábio fora, ainda bem que não havia encontrado-a desde então, Estava
entrando no chuveiro quando escuto o Chay gritando:
“O Cinderela, toma um banho rápido que a gente já vai sair pro restaurante”
Merda, penso, vou ter que reencontrá-la. “Já estou indo, calma” Grito, já desligando o chuveiro.
Combino
de encontrá-los no estacionamento, isso me daria algum tempo já que o
Chay buscaria a namorada no camarim ainda. Vejo a Mel tentando pegar um
táxi, sem sucesso, ofereço carona e ela aceita.
No
carro conversamos, e ela fala que eu deveria investir na Lua. O
comentário me pega despreparado, digo a ela que nós éramos apenas
amigos, e que não havia nada entre nós. Ela diz que temos química, e que
do que ela viu do nosso beijo, tínhamos uma química enorme, mesmo que
fosse só pra atuar.
Quando
ela sai do carro, fico pensando na Lua. Nós dois jamais daríamos certo,
éramos muito diferentes. Chegando ao restaurante vejo os dois casais,
mas nada da Lua.
POV- Lua
Quando
finalmente cheguei em casa pra trocar de roupa noto que meu avô está
meio inquieto. Falo com a Terrinha que havia ficado responsável por ele,
e ordeno que me ligue caso algo aconteça. Coloco uma calça jeans e uma
bata, troco o AllStar por um peep toe preto de taxinhas. Prendo o cabelo
num coque bagunçado e dirijo até o restaurante.
Chegando
lá vejo que sou a única que faltava, dou oi a todos, me apresento à
namorada do Micael,e sou obrigada a me sentar de frente pro Arthur, que
sorri pra mim. Pedimos uma pizza, como eu e ele éramos os únicos sem
companhia tivemos que dividir a pizza juntos. Depois de comermos o
Micael avisa que terá que ir embora já que a namorada dele ia viajar, o
Chay e a So vão pra pista de dança que tem no barzinho nos deixando
sozinhos. Sorrio pra ele, meio sem jeito, e espero que ele fale algo.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 23
POV- Arthur
Ficamos
sozinhos na mesa, penso em chamá-la pra dançar, mas sou péssimo
dançarino, ela sorri pra mim, e como se aquilo fosse uma droga
analgésica, fico calmo e alegre. Decido então falar sobre o beijo, me
desculpar.
“Então sobre o nosso beijo hoje....”
“Ah, nem se preocupe, eu sei que foi a adrenalina do momento, afinal você nunca teria me beijado se não fosse por isso né?”
“Ah,
claro que não, me animei de mais, acreditei que realmente estava
vivendo o momento, além disso você é como uma irmã pra mim.” As palavras
saem da minha boca com uma naturalidade, nem parece que sou eu que
falo. Como uma irmã? Da onde eu tirei essa? Não acredito nas minhas
próprias palavras.
POv- Lua
“Ah,
nem se preocupe, eu sei que foi a adrenalina do momento, afinal você
nunca teria me beijado se não fosse por isso né?”. Eu tirei isso de onde
mesmo?? Um filme de quinta talvez. Não acreditei nas minhas próprias
palavras.
Mas
o que mais doeu foi ouvi-lo dizer que somos como irmãos, quase que
gritei “nunca! Eu nunca tive sonhos impróprios com meu irmão”, mas me
contive. Nesse momento toca o meu celular, atendo, era minha irmã. Meu
avô estava tendo mais uma crise, haviam internado-o, a noticia veio seca
e áspera, sem sequer me despedir do Arthur sai correndo do bar, nem
paguei a conta.
POV- Arthur
Será
que ela não gostou de eu ter dito que ela era como uma Irmã pra mim?
Algo havia acontecido, ela saiu correndo quase chorando. Pensei em ir
atrás dela, mas me contive.
Continua...
Escrita por : Amanda
Capitulo 24
POV- Lua
Cheguei
na praia as 7hs, eu e a Mel íamos correr juntas. Quando ela me viu
perguntou se eu estava bem, eu disse que mais ou menos. Ela me perguntou
o motivo, mas eu preferi não falar nada, não estava preparada.
Fomos
juntas pro estúdio, eu dei carona, lá outras pessoas vieram perguntar
se eu estava bem. Na realidade estava péssima, não dormi nada, passei a
noite em claro no hospital, e saber que me avô ficaria lá sozinho me
matava, meus irmãos, assim como eu, estavam trabalhando, meus pais
estavam viajando.... Em fim não tinha ninguém pra acompanhá-los.
A
verdade era que meu avô estivera internado várias vezes desde o AVC
dele, agora comunicar-se com ele era um desafio. Antes do AVC, ele
estava ótimo, voltara a compor, estava trabalhando, ninguém imaginava o
que aconteceria.
A
minha maquiadora comentou como minha olheira estava escura e meus olhos
avermelhados, perguntou se eu tivera chorando, não tive como negar.
POV- Arthur
Hoje
eu e Lua gravaríamos uma cena na praia, eu estava animado. Mas, ao
vê-la chegando com a Mel fiquei preocupado, ela notoriamente não estava
bem. Com isso cheguei a conclusão que a culpa pela saída repentina dela
não era eu.
Depois
de colocar o figurino e fazer a maquiagem fomos para uma praia perto de
Vargem Grande, no carro perguntei a ela se havia algum problema,
estranhamente, ela só sacudiu a cabeça.
Gravamos
a mesma cena cinco vezes, queríamos que saísse perfeita. A Lua teria
que me dar um tapa no rosto após eu puxá-la de dentro do mar.
Enquanto
gravávamos eu sem querer, ta foi de propósito, passei a mão na perna
dela quando joguei-me em cima dela pra “salva-la”. Eu teria pedido
desculpa, se o tapa que ela me deu no rosto não tivesse sido tão
forte.Enquanto voltávamos para o estúdio o celular dela tocou. Ouvi-a
atender e dizer “Terra tem certeza? Eu vou dar um jeito de ir pro
hospital...BLABLABLA”
Hospital?
Será que algo havia acontecido com a irmã dela? Perguntei à Lua se ela
estava bem, se precisava de alguma coisa, mas pra minha surpresa ela não
respondeu, mas sim começou a chorar.
Continua...
Escrita por : Amanda
25ºCapitulo
POV- Lua
O meu avô havia entrado em coma, eu não esperava por isso, quando o
Arthur me perguntou se estava tudo bem não me segurei, me abracei nele e
comecei a chorar. Ele me abraçou de volta e até chegarmos eu fiquei assim,
chorando nos braços dele.
Quando cheguei ao estúdio fui direto falar com o Rick, ele me liberou
pra ir pro hospital, e me aconselhou a ir de taxi, porque no estado de
nervosismo que eu estava era capaz de eu sofrer um acidente. Concordei com ele,
peguei um taxi e fui direto pro Pró-cardíaco, chegando lá não tive coragem de
entrar no quarto imediatamente, tive que me acalmar primeiro. Fiquei no
hospital direto, não arredei o pé de lá. Lanchei uma barra de cereal que estava
na bolsa, mas não tinha fome.
POV- Arthur
Fiquei preocupado com a Lua, jamais havia visto-a naquele estado.O
Rick liberou ela pelo resto do dia, e as cenas gravadas não tiveram nem um
terço da minha atenção, não conseguia parar de pensar nela.
Na hora do jantar (22:30hs) eu, a Mel, o Micael e o casal romântico
decidimos fazer um cartão pra Lua e entregar. Eu me ofereci pra levar, já que o
hospital era próximo da casa da minha mãe, que eu visitaria ainda naquele dia.
Antes de chegar no hospital comprei um buquê de flores pra Lua.
Chegando lá vi a Ana Terra no sofá junto com um homem, que reconheci
do primeiro almoço, o irmão da Lua. Disse que eu estava ali pra entregar as
flores e o cartão que a produção havia feito pra ela, a Terra sorriu e disse
pra enfermeira me levar ao quarto do Billy Blanco, arregalei os olhos. Billy
Blanco o cantor de MPB? Já sabia da onde vinha o dom da loira para a música.
POV- Lua
Eu estava no quarto com meu avô, odiava hospital, o clima me fazia
mal. Terrinha bate na porta e de trás dela surge Arthur, levo um susto, não o
esperava. Ele me entrega um cartão e um lindo buque de rosas brancas. Diz que
se eu precisar de alguma coisa ele pegava, ou fazia, e me da um beijinho na
bochecha. Tento sorrir, mas em vez disso começo a chorar. Ele me abraça e me
consola, pergunta se eu não quero pegar algo pra comer, aceito, precisava sair
de lá. No caminho do restaurante que ele me leva, conto a ele a minha historia,
da minha ligação com meu avô e de tudo que havia acontecido no último ano.
“Se precisar é só pedir ajuda pra mim ok?” Me fala, quando me leva de
volta ao hospital, entro no quarto e dispenso meus irmãos que vão para casa.
Continua ...
26ºCapitulo
POV – Arthur
Espero ela entrar no quarto, nisso o irmão dela se aproxima de mim e
fala:
“Obrigada por ter levado ela daqui, normalmente quando o meu avô fica mal
ela fica em depressão quase.”
Respondo que não fiz nada demais, que só estava fazendo o que qualquer
amigo faria.Logo depois chega a Ana Terra, que diz estar agradecida por tudo
que eu fiz pela Lua.Agradeço, e me dirijo pra casa da minha mãe. Lá decido que
no dia seguinte vou oferecer carona pra Lua, e levar um café pra ela no
hospital no dia seguinte, já que no dia anterior o carro dela ficou no Rec9.
-----Na manhã seguinte-----
Chego cedo no hospital, dou meu nome na recepção e fico esperando no
hall pela Lua, decidi fazer uma surpresa, uma meia hora depois ela sai do
quarto, estava com uma cara triste, mas não sei se foi viagem minha, ela sorriu
assim que me viu.
“O que você esta fazendo aqui?” Pergunta.
“Se você quiser eu vou embora” Repondo
“Não, desculpa, eu só não esperava vê-lo aqui hoje, muito menos a essa
hora” Ela me diz com uma cara de arrependida.
POV- Lua
Eu tenho que começar a pensar antes de falar! E rápido! Ele vai achar
que eu não gosto dele, ou coisa do tipo. Me desculpo e ele responde:
“Imagina, então, quer carona pro rec9?” Oferece-me ele, puts, ele quer
me matar, só pode, ou no mínimo me torturar, fica me oferecendo carona, vem até
aqui so pra ver como EU estou!
“Ah, se não for incomodar você....” Com isso o Pedro chega pra me
substituir no hospital, abraço-o, e ele sussurra no meu ouvido “To de olho ein
maninha”, coro na hora!
POV- Arthur
Espero que ela não note que eu estou completamente louco por ela. O irmão dela chega, me cumprimenta e entra no
quarto, com isso eu levo ela pro meu carro e coloco um CD, do Coldplay. Ela
começa a cantar junto, e quando vejo estamos cantando animados dentro do carro,
que passa pensa até que nos somos namorados.
POV- Lua
No
carro do Arthur, que é bem bagunçado, vamos cantando juntos até o
estúdio, num dos muitos sinais vermelhos que nos pegamos um vendedor
ambulante oferece uma rosa pro Arthur comprar dizendo “Uma rosa para sua
amada”. O Arthur ri e decide comprá-la pra mim.
Eu
derreti com isso, igual a um picolé no meio do deserto do Saara, ficar
com ela estava me fazendo esquecer de todos os meus problemas, todos
mesmo. Quando chegamos no estacionamento eu me separo dele pra passar no
meu carro e pegar roupas limpas, antes de colocar o figurino tomo um
banho rápido no camarim.
Todos que passam por mim, ou fingem não me ver, ou perguntam como estão as coisas com meu avô, até a Pérola perguntou.
POV- Arthur
Com o passar dos meses o avô da Lua manteve um quadro fixo, não piorava, mas também não melhorava.
A
novela estava tendo boa audiência e em alguns dias começaríamos a
gravar o disco. No avião fomos eu e Micael ao lado da Mel e da Lua, na
frente delas estava o Chay e a Sophia tendo mais uma DR.
-Por que você não chega nela?
-Ah,claro-
respondi ao Micael – e arriscar perder não só a nossa amizade, mas
também colocar em risco a novela. E, além disso, eu nem to interessado
nela.
- Se você diz - respondeu-me ele, com cara de debochado.
Virei
a cara, eu estava na cadeira do corredor, e vi que Lua dormia, ela
estava de óculos mas mesmo assim dava pra ver que não estava acordada.
POV- Lua
No
avião aproveitei pra descansar. A Mel havia me incomodado no taxi,
questionando-me se eu e o Arthur não tínhamos nada. Reafirmei umas mil
vezes que não, éramos apenas amigos, pra me irritar ela disse “amigos
com muita química” e começou a rir.
Quando
finalmente chegamos em São Paulo uma vã nos levou até o hotel, meu
quarto seria ao lado do quarto do Arthur e de frente para o da Mel. Chay
e Sophia dormiriam juntos. O Micael ficou no AP da namorada.
28º Capitulo
POV- Arthur
Decidi
investir hoje na Lua, vou convidar ela pra vim no meu quarto, com a
desculpa que eu quero ensaiar uma cena. E a cena eu já tenho decidida. É
uma que eu agarro-a com força pra provar que ela sente algo por mim
Disco o numero do quarto e espero ela atender, depois de alguns BIPS eu ouço uma voz:
“Alô”
“Oi Lua, você quer vim aqui no meu quarto ensaiar a cena do jardim?” Pergunto
“Claro, deixa eu só colocar uma roupa que eu acabei de sair do banho.”
Fico
imaginando-a de toalha, ou melhor de calcinha e sutiã falando comigo no
telefone, a lingerie deve ser preta, eu imagino, sem muito fuxico,
provavelmente de renda. A imagem fica rodando na cabeça, até que me dou
conta que tenho que dar um jeito no quarto.
Quando
cheguei joguei a mala na cama, tirei a roupa e joguei a roupa do corpo
no chão, a toalha molhada estava numa cadeira, e uma revista de mulheres
bonitas estava jogada na escrivaninha.
POV-Lua
Não
resisti ao convite do Arthur, coloquei apressada uma saia jeans surrada
e uma regata preta, me olhei no espelho, pareci uma profissional do
sexo usando aquilo. Troquei a saia por um short jeans, bem melhor, e
coloquei um AllStar.
Peguei
o roteiro e bati na porta ao lado, quando ele abriu quase que meus
olhos pularam pro corpo dele. Arthur usava uma blusa preta que deixava à
mostra os músculos do braço, e um bermudão jeans, uma roupa totalmente
diferente do figurino do personagem dele.
Entrei
no quarto, dei dois beijinhos nele, fazendo questão de apoiar minha mão
direito no braço dele, acariciando a pele macia. Recitamos as falas e
na hora de beijá-lo um medo tomou conta de mim, seria o terceiro beijo
do casal na novela, tinha que ser perfeito, o segundo havia sido na
piscina, uma tortura pra mim, era pele sobre pele, a mão dele puxava a
minha cintura nua, apenas coberta pelo biquíni, e o peitoral molhado
dele me levava a loucura.
O
beijo deveria ser violento, enraivecido, uma luta por domínio.Arthur
não me decepcionou, e com certeza não decepcionaria os fãs.
Continua...
POV- Arthur
Agarrei-a
com força e quando dei conta de mim estava pressionando-a contra a
parede do quarto, não era um beijo técnico, nem um dos nossos beijos
era.
Quando
paramos de nos beijar ela procura por ar, o lado bom ser ter nadado por
14 anos é que meu fôlego era grande, mas ela não tinha a mesma sorte, o
que pra mim, que era um masoquista, era maravilhoso, excitante.
Nos
olhamos por um tempo até que ela começa a rir, caminha até a minha cama
e puxa a minha revista, aquela que, sem sucesso, eu havia tentado
esconder.
“Revista de mulheres? Que coisa mais antiga Arthur, existe sites agora que são mais baratos”. Ela diz se matando de rir.
Olho
pra ela envergonhado, mas ela parece não se importar em ver aquilo no
meu quarto, penso se ela já achou uma dessas no quarto do irmão ou de um
namorado.
POV- Lua
O
beijo foi tão bom, e tão longo que me deixou sem ar, quase desmaiei, me
concentrei em não olhá-lo, fazendo isso vi uma revista em baixo da cama
dele, andei até lá, e sem perder a chance, brinquei com ele.
Quando saia do quarto dele encontrei-me com a Mel, ela me deu uma olhada e riu.
Eu
tentei explicar, mas ela nem quis ouvir, disse que guardaria segredo,
tentei explicar de novo, mas ela afirmou “ Lua, a sua boca até inchada
esta, o que você pode falar pra eu acreditar que vocês não se pegaram?” e
entrou pro quarto.
Eu
também entrei no quarto, noto que meu celular havia ficado em cima da
minha mesinha de cabeceira, vou até ele e ligo-o. Eu tinha uma mensagem
nova:
“Luh,
o vovô morreu, você tem como voltar pro Rio hoje?” A mensagem era do
meu pai. Quis chorar, mas segurei-me ao máximo, meu avô sempre disse que
não queria lágrimas no dia que ele morresse, na hora do funeral eu
usaria branco, em homenagem a ele.
Continua...
POV-Arthur
No
café da manha, não vejo a Lua, desde a noite anterior não parava de
pensar nela, já estava ficando viciado. Ela era como uma droga pra mim. O
Rick chega à nossa mesa e avisa que gravaríamos naquele dia as musicas
que eram sem a Lua, perguntamos o que havia acontecido ele e diz que o
avô dela tinha passado dessa pra melhor.
Mando um sms pra ela, pergunto como ela esta e mando os meus pêsames.
Ela responde “Estou bem, obrigada, manda um beijo pro pessoal”
Gravo a minha música solo, e enquanto canto penso nela, como será que ela está, se estava sofrendo ou se já estava consolada.
Na volta para o Rio eu vou ao lado da Mel,que comenta “Eu vi a Lua saindo do seu quarto ontem, garanhão” e ela começa a rir.
Tento
me explicar, sem sucesso, mas ela ao menos promete manter segredo,
pergunta se vou no funeral do avô da nossa amiga, respondo que não sei,
ela diz que vai e penso em ir pra dar uma força pra Lua.
POV-Lua
Sempre
detestei funerais,acho hipócrita, deprimente, mórbido. Decido ir de
carro com meus irmãos, não tenho coragem de olhar o leito no caixão,
prefiro lembrar do meu avô como um homem feliz, vivo.
No
final da cerimônia vejo meus amigos da banda, que me abraçam e falam
com a minha família, depois falo com o Chay,Mel, Sophia e Micael, por
fim chega o Arthur ele me abraça e oferece pra me levar em casa.
Aceito
não agüento mais aquela situação, peço que ele me deixe na praia, ele
se oferece pra ir junto. Na praia jogo duas flores no mar, e finalmente,
desde a noticia da morte do meu avô começo a chorar. O Arthur me
abraça, diz que se eu quiser ele me da privacidade, mas eu digo que não é
necessário.
Estranhamente
ficar abraçada nele me acalma, me da uma sensação de segurança. Nós
vamos numa lanchonete tomar um café, eu estava de jejum a mais de 13
horas. Lá eu desabafo com ele, comento que não sei como vou agüentar
voltar pra casa, e ficar sem meu avô.
“Você pode ficar lá em casa se quiser, isso é, até você arranjar um apartamento e talz”
Penso
na oferta dele, e no final do dia aceito o que ele me ofereceu, temo
por mim. Eu dividindo um AP com ele seria uma tortura, mas ainda era
melhor que voltar pra casa.
Continua...
POV- Arthur
Meu
apartamento tinha um quarto de hóspedes, mandei a Maria, minha
faxineira, dar uma boa limpada no quarto e arrumar bem a casa.
Eu fiquei
feliz que ela aceitou a minha oferta, mas ao mesmo tempo sabia que seria
cada vez mais difícil me segurar. Quando ela chegou naquela noite,
ajudei-a a levar a pequena mala pro quarto.
-Obrigada por tudo- disse ela
-Imagina! Eai comida japonesa ou chinesa?- pergunto já pegando o telefone.
- Japonesa- Ela diz sorrindo, apesar de tudo parecia que ela ainda tinha forças pra sorrir.
POV-Lua
Na manhã Seguinte ....
Era
domingo, portanto nosso dia de folga, acordei cedo, ou melhor nem
dormi, coloquei um short de corrida e uma regata branca surrada e fui
até a sala.
Arrumei
a mesa do café da manha, estava esquentando o leite para o café quando
viro-me de costas e deparo-me com o Arthur sem camisa, com uma bermuda
de ficar em casa e os cabelos despenteados.
POV- Arthur
Acordei cedo, eu me esqueci de desligar o despertador, e uma vez acordado não conseguia voltar a dormir.
Fui
até a sala, pensando em preparar um café pra mim e pra Lua, que eu
imaginava que estava dormindo, e deparo-me com um micromini short de
frente pra o fogão, depois de recuperar-me do susto vejo que o short é
usado por pernas bonitas e um corpo esbelto, que aos poucos percebo
pertencer à Lua.
Se isso passar a ser minha visão todos os dias de manha eu terei sérios problemas, penso.
Dou bom dia e ela gesticula pra que eu me sente,
“Café ou chá?” Ela pergunta
“ Uau, normalmente eu não tenho nem uma opção de café da manha” ele me diz rindo “ vou ficar mal acostumado.” Acrescenta.
Continua...
POV- Arthur
Depois
de uma semana vendo a Lua todos os dias ao acordar, tenho ficado cada
vez mais louco. Estávamos em SP, e lá haveria um show.
O show da Maria Gadu era hoje, chamo todos para irem comigo, mas a única que aceita é a Lua.
No
show ela me abraça por trás, como se fossemos namorados, comenta o show
no meu ouvido, e eu bobo tento me convencer que ela não estava fazendo
isso apenas pelo barulho. No táxi já não agüentando mais aquela tortura,
beijo-a.
Ela me beija de volta e assim acabamos voltando pro hotel no maior amasso. Quando estou abrindo a porta do quarto.
POV- Lua
Dei
uma de louca e flertei com ele a noite inteira! Estava na cara que os
outros haviam planejado que nós fossemos juntos ao show.
No
táxi Arthur me puxa pra mais perto, e sem aviso, me beija, eu beijo-o
de volta, sinto que ele me deseja da mesma forma que eu desejo
ele.Entramos no hotel como dois amigos, mas quando chegamos ao nosso
corredor, e saímos do elevador ele me gruda numa parede.
Ele começa a abrir a porta do quarto, mas uma luz se acende na minha cabeça e eu me controlo.
“Arthur, não quero estragar o que a gente tem indo muito rápido”digo me afastando dele “ Vamos pela sombra”
“Lua
por você eu vou pela sombra, pela floresta ou pela Mata Atlântica, mas
pra isso eu preciso que você me beije de novo.” E faz uma cara de
cachorrinho sem dono, quase morro com isso! E não resisto, beijo-o
novamente, sinto a mão dele descer da minha cintura, ele era
irresistível.
Dou um beijo de boa noite e entro no quarto.
POV- Arthur
Entro
no quarto e fico pensando nela. Penso se é cedo pra pedi-la em namoro,
penso em como seria tê-la no meu quarto. Na manha seguinte nos teríamos
uma entrevista, e teríamos que posar juntos.
Não sei como eu vou aguentar.
Continua...
POV-Lua
No
café da manha encontro-me com os meus outros colegas, Arthur parece não
ter comentado nada, e eu faço o mesmo, enquanto eles se direcionam pro
aeroporto eu e o Arthur ficamos esperando ser entrevistados.
Quando
ninguém esta olhando ele me da a mão, e me da um selinho, diz ter
sentido saudades, e que depois da entrevista, teríamos a viagem inteira
de volta para o Rio sozinhos.
Depois
disso me despedi e fui pro meu quarto, as 8hs uma repórter da
“Capricho” passaria no hotel para nos entrevistar e fazer umas fotos.
O
ensaio de fotos foi divertido, ele me agarrava e eu fazia caretas,
beijava-o e ele ria, com um sorriso de suspirar. No fim da tarde fomos
fazer a entrevista e almoçar, pedimos carne malpassada, a repórter riu,
ela parecia já ter se acostumado com as nossas implicâncias.Comentei da
minha infância,e Arthur muito debochado, afirmou que eu era muuuito parecida com a minha personagem.
Na
hora de ele responder a mesma pergunta quase gritei que ambos eram
muito vaidoso, mas Arthur respondeu antes que ambos eram um pouco
vaidosos, ri alto e disse “Só um pouco?”.
Depois quando a repórter perguntou qual havia sido a primeira impressão que tivemos um do outro ele me surpreendeu,
“Ela queria que outro fizesse o papel”
“MENTIRA!” gritei indignada, mas rindo.
Cuidamos o tempo todo pra ela não perceber que estávamos juntos. E aparentemente tivemos sucesso.
Mas
o que me atordoava era saber que de noite, quando voltássemos pro Rio
teríamos o AP só pra nos dois, eu não tinha medo dele, mas sim de mim
mesma.
Continua...
34ºCapitulo
POV- Arthur
Acabamos
a entrevista por volta das 19hs, o avião sairia às 20h30min e, portanto
chagaríamos no AP lá pelas 23h. Esse intervalo de tempo seria muito
grande, eu precisava tê-la pra mim, mesmo que fosse só pra olhá-la, sem
ter que esconder o amor que eu sentia por ela.
No
táxi de volta, pensei em beijá-la, mas era arriscado de mais, se nos
vissem seria um estrago. Ela olha pra mim e sorri, estamos quase
chegando ao meu apartamento. Penso se ela está ansiosa assim como eu,
mas não pergunto nada, tenho medo da verdade.
Quando
estamos no elevador, sozinhos, ela se vira pra mim e me beija. Beijo-a
de volta e só não a encosto contra a parede porque chegamos ao nosso
andar. Apresso-me pra abrir a porta, e antes dela ter a chance de falar
algo eu a beijo.
POV- Lua
Estamos
entrando no AP dele quando, sinto duas mãos fortes puxando-me. Arthur
me agarra, antes mesmo de eu tirar a bolsa, não me importo, estava louca
para beijá-lo de novo. Quando o clima começa a esquentar a campainha
toca.
Arthur
bufando e ainda me segurando olha pelo olho de vidro e faz uma careta,
era o síndico que exigia silêncio. Antes que ele fechasse a porta corro
pro quarto que ele havia me emprestado e ligo o chuveiro do banheiro.
POV- Arthur
Minha
vontade era de gritar de raiva, sair quebrando tudo! Na hora que as
coisas estavam tomando um novo rumo somos atrapalhados. Quando fecho a
porta e viro-me para falar com a Lua vejo que ela havia sumido.
Ando até o quarto dela e bato na porta do banheiro
“Lua você esta ai?”
“Estou,
vou tomar um banho, depois eu preparo algo pro nosso jantar, ah e não
se esqueça, silêncio” Diz ela rindo, isso só poderia ser tortura, eu
teria que pagar pelo resto da minha vida pelos meus pecados, sendo
torturado por essa loira maluca.
POV - Lua
Saio
do banho, e de propósito visto uma blusa de uma banda de rock, super
antiga,que deixava aparente um dos meus ombros e a alça do meu
sutiã,além de um short um tanto curto. No banho aproveito para pensar,
será que estamos juntos, ou aquilo é só pegação?
Chegando
à sala vejo o moreno sentado na frente do laptop digitando algo, me
aproximo e beijo o pescoço dele, sentindo o cheiro do perfume dele.
“Desculpa, aproveitei a chance pra tomar um banho e evitar que andássemos rápido de mais”.
Continua...
35ºCapitulo
POV- Arthur
Estou
respondendo alguns e-mails quando sinto um cheiro de perfume floral, um
tanto cítrico também. Reconheci-o instantaneamente. Era da Lua, que
nesse momento beijava meu pescoço.
Se
ela não desejava andar rápido de mais ao menos me torturar ela queria. A
roupa que ela usava era, sem duvida, reveladora, e a forma que ela me
beijava era pra me deixar tentado.
“O que vamos jantar?” Ela me pergunta.
“Você
escolhe” respondo, dois podem jogar o mesmo jogo, penso. Se ela quer me
provocar vou fazer o mesmo, tiro a blusa, dou-lhe um selinho e entro
pro banho.
POV- Lua
Então ele quer brincar, penso. Deixo-o tomar o banho, e enquanto isso peço uma pizza, e ponho a mesa.
Quando
ele sai do banho estou esperando-o no sofá, com o meu laptop no colo.
Ele se aproxima de mim e me beija quase largo o meu laptop no chão.
Hesito em perguntar, mas por fim crio coragem.
“Arthur, nós vamos contar aos outros que estamos ficando?”
“Acho que deveríamos guardar segredo, ao menos até termos algo mais firme” responde-me.
Então
ele também deseja algo mais sério, penso. Levanto os olhos do laptop e
percebo, com muita satisfação, que ele está sem blusa. Não que isso seja
algo de surpreender, o calor do Rio estava de matar.
“Você concorda?” Ele me pergunta, eu faço que sim com a cabeça, e sem me conter mais o beijo.
POV- Arthur
Cada beijo da Lua é diferente, ela me vicia como uma droga. Sinto-me cada vez mais interessado nela.
O
clima começa a esquentar, puxo-a com mais força para perto de mim,
beijo o pescoço dela e dou um chupão. Ela acaricia a minha nuca, morde
meus lábios.
Levo
as minhas mãos para a blusa dela, começo a puxá-la. Sei que havíamos
combinado de ir devagar, mas meus instintos falaram mais alto que a
razão.
Continua...
36ºCapitulo
POV- Lua
Desisto de
resistir, beijo-o com força. Ele parecia estar com o mesmo desejo que eu. Beija
o meu pescoço me fazendo suspirar, quando suas mãos começam a levantar a minha
blusa somos atrapalhados.
A campainha
toca,era a pizza que havia chegado. Faço menção de ir abrir a porta. Mas Arthur
me segura.
“Acho
melhor eu abrir, você não esta muito apresentável” ele diz gesticulando pra
minha roupa.
Nesse
instante noto que ele já havia aberto o zíper do meu short, porém eu nem tinha
percebido. Sorrio e passo a mão no cabelo, tentando arrumá-lo. Vou até a
cozinha e pego algo para bebermos.
POV- Arthur
Normalmente
eu sou extremamente calmo, e sensato, mas quando o assunto era a Lua, e se
estivesse me envolvendo na situação, a minha paciência era zero. Segurei-me pra
não dizer “esquece a pizza” ou algo do tipo.
Quando ela
foi abrir a porta tive que correr para impedi-la, só de pensar que o entregador
poderia vê-la vestida daquela forma me dava náusea. Imagina, poderia ser um
tarado, que agarrasse ela, ou fizesse até algo pior!
Ela parece
não ter notado que eu já havia aberto o short dela, o que posso dizer sou ágil.
Pago a pizza, mas não dou gorjeta, quem mandou me atrapalhar logo naquele
momento?!
Levo até a
mesa e abro a caixa, sirvo-a. Começamos a conversar sobre infância, ela conta
como foi a dela e eu a minha. O engraçado é que normalmente eu estaria de saco
cheio de só conversar, mas com ela qualquer coisa era bom.
Depois da
comida eu recolho os pratos, não quero que ela pense que eu sou ordinário. Ela
me ajuda e quando vou entrar na cozinha esbarro nela, fazendo-a perder o
equilíbrio. Seguro-a e me aproximo dela.
POV- Lua
Eu estava
entrando na cozinha, com a toalha de mesa na mão, quando esbarro no Arthur, por
sorte ele me segura.
Arthur
começa a se aproximar de mim, e quando dou conta de mim, ele está beijando-me
contra a parede. Beijo-o de volta, o clima esquenta novamente, mas antes que
algo aconteça, eu saio de perto dele.
“Arthur
vamos com calma, se algo der errado entre nós a situação no trabalho vai ficar
muito estranha” Digo, pedindo cautela, a ele e a mim.
#Continua....
37ºCapitulo
POV- Arthur
A Lua tem
razão, estou parecendo um adolescente com os nervos à flor da pele. Sorrio pra
ela, dando a entender que não estou chateado ou magoado.
“Quer ver
um filme?” Pergunto.
“Acho
melhor não, to morrendo de sono, e amanha nos temos gravação cedo”. Ela diz,
dando um selinho, que eu faço questão de transformar em um beijão.
“Boa
noite!” Digo sem soltar a mão dela.
“Pra você
também” responde-me ela.
Decido
fazer o mesmo que ela, sem ela não teria graça ficar acordado.
POV- Lua
Tento
dormir, me mexo na cama, mas nada do sono bater. Eu só decidi me deitar para
que nada acontecesse entre a gente, não que eu não quisesse, mas como se diz o
ditado “o cauteloso morreu de velho”.
Decido ir
pegar uma água, quando estou retornando pro quarto algo acontece.
POV- Arthur
Tento
dormir, sem sucesso, viro-me de um lado para o outro na cama. Olho o relógio,
os minutos levam uma eternidade para passar, estou, sem dúvida, cansado, mas o
sono, que é o que eu preciso, não vem.
Pego no meu
celular e vejo se tem alguma novidade, uma postagem no twitter, ou um sms novo.
Nada. Decido ir até a cozinha pegar uma água pra beber.
Quando
chego na cozinha levo um susto. A Lua estava com uma cara apavorada, em cima da
mesa, só com uma regata e calcinha.
Olho-a
desconfiado, o que ela fazia ali, vestida daquele jeito, e com aquela expressa?
#Continua....
38ºCapitulo
POV- Lua
Uma barata!
O único inseto, ou melhor, bicho, que eu tinha pavor! Era o que me encarava
quando saí da cozinha. Não tive dúvida, pulei na hora pra cima da mesa, e
segundos depois, como se tivesse escutado meu grito silencioso, Arthur aparece.
Ele me
encara desconfiado, depois sinto o olhar dele vagar pelo meu corpo, que estava
basicamente descoberto. Eu aponto pra barata e faço cara de nojo. Não me atrevo
a falar, tenho medo que o bicho voe até mim.
Ele me
olha, depois olha a barata, repete isso umas vinte vezes, e depois começa a
rir.
“Não vai me
dizer que você, Lua Blanco, tem medo de barata!” Ele diz segurando o riso.
“Eu não
tenho medo, só nojo” Respondo.
POV- Arthur
Não
acredito, o auê todo da Lua é por causa de uma mísera barata. Pego um chinelo e
jogo em cima da infeliz, depois ando até a mesa e pego-a no colo.
Senti-la assim
tão próxima de mim é muito bom. Encaro-a e sorrio.
“Está
salva” Sussurro no ouvido dela.
Ela sorri,
e me abraça. Ela vai pro quarto e eu fico arrependido por não ter esquecido
tudo e agarrado-a antes que ela fugisse. Então, concluo que assim terei mais
chance de tê-la pra mim por mais tempo.
POV- Lua
Quase
derreto quando ele me salva. Abraço-o com toda
a minha força e entro pro quarto.
Na manhã
seguinte acordo depois dele. Chego à sala de jantar, e escuto
“Ainda
estou sem acreditar que você tem medo de barata”.
Reclamo,
dizendo que não é medo, mas sim nojo, porém como posso fazer uma cara seria se
ele me olha com o sorriso mais lindo do mundo?
Decidimos
ir separados para o estúdio, os outros não sabem do nosso “caso”, nem que
estamos morando juntos.
Chegando
lá, tenho a desagradável noticia que Arthur terá que beijar Pérola numa cena.
Meu estômago vira de cabeça pra baixo. Imagino se ao beijá-la ele não ficará
mexido, ou se por acaso ela não vai pedir pra voltar com ele. Passo o resto do
dia evitando-o.
#Continuaa...
39ºCapitulo
POV- Arthur
Ao
chegar ao Rec9 eu e Lua nos cumprimentamos como sempre e vamos aos
nossos respectivos camarins. Quando estou trocando de roupa recebo o meu
texto. Eu teria que beijar Pérola. Tenta imaginar como será, mas só de
imaginar fico com nojo, prefiro beijar a Lua mesmo.
Na
hora do almoço e pelo resto do dia ela me evita, penso se é porque eu
beijarei a Pérola. Quando a vejo indo em direção ao camarim sigo-a, e
entro com ela.
POV- Lua
O
que mais me angustia é saber que como eu farei parte da cena terei
visão privilegiada do filme de horrores. Saio do almoço e corro pro meu
camarim, evitando falar com qualquer pessoa.
Quando estou fechando a porta alguém a abre com força e me aperta contra parede.
POV- Arthur
“O que foi?” Ela pergunta seca.
“Eu que pergunto” Respondo.
“Eu to normal, não posso mais escovar os dentes?” diz ela se fazendo de boba.
Então
eu compreendo, ela está com ciúmes do beijo que eu vou dar, eu rio e
sussurro no ouvido dela “Quando eu beijar a Pérola vou estar pensando em
você” falo, e dou-lhe um beijo rápido, saindo do camarim com cuidado
para não ser visto.
POV- Lua
Quando
ele sussurra aquelas palavras no meu ouvido toda a minha raiva,
insegurança, tudo se vai embora. Depois de ele sair à porta abre-se
novamente. “Tenho que começar a trancar a porta” penso.
“Lua, eu estou vendo uma miragem ou o Arthur acabou de sair daqui safadinha?” Pergunta a Sophia rindo.
“HAHAHA, ele só veio me perguntar que horas vamos gravar a cena externa” digo mentindo
descaradamente.
Ela parece não acreditar muito, mas também não fica me interrogando. Ela sai, me deixando sozinha no meu camarim.
Gravando Cena
Estamos no jardim e eu estou esperando pra gravar, quando chega o diretor avisando que haverá mudanças na cena.
40ºCapítulo
POV- Lua
O diretor anunciou que durante uma reunião havia tido troca de planos, eu que beijaria outro ator, mais especificamente o Bê.
POV- Arthur
Saber
que Lua beijaria outro na minha frente, mais especificamente o ator que
ela desejava a princípio que fosse o par romântico dela na novela,
despertava em mim um sentimento estranho. Um embrulhado de estômago, uma
dor de cabeça similar a uma ressaca muito forte.
Se
eu não tivesse um autocontrole MUITO grande teria socado a cara do
Bernardo, que sorri de satisfação com a notícia da cena, do diretor por
ter permitido tal coisa, e até da autora, que havia criado aquela cena
maldita!
POV- Lua
Beijar
o Bernardo não seria difícil, mas o problema era que ele não era o
Arthur. Não seria a mesma coisa, e beijá-lo na frente do homem que ela
pensaria durante aquele ato não melhorava em nada a situação.
Olho
para o Arthur, que está sério, tento imaginar o que ele acha da
situação, se está enciumado, ou se está indiferente. Lembro-me de como
eu havia me sentido vendo-o beijar outra atriz, mesmo antes de ficarmos,
o ciúme que senti, o nojo, o revirar no meu estômago.
POV- Arthur
A cena será gravada num dos cenários internos, enquanto todos se dirigem pra lá, eu puxo Lua pra um canto e pergunto:
“Nervosa?”
“Não, é só um cena, com poucas falas, sem grandes desafios” Reponde-me ela calma e sorridente.
Pô,
era injusto, eu que teria que ficar apenas sentado escutando-a falar e
fingir um ciúmes, que era o sentimento, que sem muito esforço, eu
estaria sentindo naquele momento, tremia. Já ela apenas sorri com calma,
como se beijar fosse a coisa mais comum do mundo.
Estamos
gravando, conto os segundos para o fim da gravação, Lua entra na sala,
após o “gravando”, proclama a sua fala e, assim como ela fez comigo,
puxa o Bernardo pela gola, beijando-o.
Sinto meu corpo amolecer
Continua...
POV- Lua
Beijo o Bê, de forma técnica, sem desejo ou língua. E paro de beijá-lo no segundo que escuto o famoso “corta”.
Espero
ouvir o” dispensados”, excelente cena, ou qualquer coisa que indicasse
que aquela cena estava encerrada, mas não. O que escuto é que a cena
havia ficado muito falsa, e que teríamos que gravá-la, toda, novamente
Reluto
em voltar ao meu lugar inicial, forço-me a regravar a cena, e enquanto
direciono-me para o meu lugar passa por Arthur, que me olha com um olhar
de cachorrinho abandonado.
Tenho
vontade de correr até ele e beijá-lo, dizer que não há o que temer que
seria dele pra sempre. Mas, agora, o que mesmo eu sou pra ele? Será que
ele sente o mesmo que eu sinto por ele?
POV- Arthur
Isso
só pode ser um complô contra mim, um plano para me torturar. Ver a Lua e
o Bê se beijando é ruim, ter que ver mais de uma vez já é tortura
declarada.
Quando
ela passa por mim, vejo o olhar triste dela, claramente demonstrando
infelicidade com o que estava acontecendo, e no meu jeito horrível de
ser, fico feliz com a tristeza dela.
Ela
beija-o de novo, forço-me a não agarrá-la, na frente de todos, depois
da cena, e mostrar que ela é minha. Mas, na realidade, o que exatamente
somos? Amigos, namorados, ficantes? Nunca conversamos sobre isso.
Ao
encerrarmos a cena finalizamos o dia de gravação também. Volto para
casa antes da Lua, com o intuito de fazer uma surpresa. Mesmo que eu não
tivesse saído do estúdio mais cedo teria chegado antes dela, já que ela
sempre tira a maquiagem, e, além disso, hoje ela passaria na casa do
avô pra pegar alguns pertences.
Decoro
a casa com tulipas, que sei que ela ama, ponho um champanhe para gelar,
alugo um filme, que durante uma das oficinas, ela havia comentado que
amava.
Compro os devidos temperos e preparo, em casa, uma massa pra nós dois.
Quando escuto um barulho na porta só grito “pode entrar, está aberto” já imaginando a reação dela ao ver a surpresa.
Continua...
POV- Lua
Decido que
de hoje não passa, não irei me segurar quando estiver com o Arthur, não
vou temer fazer papel de boba, ou me decepcionar.
Eu chego em
casa, quero dizer no apartamento do Arthur, depois de passar em casa e
buscar algumas peças de roupa. Abro a porta com a chave que ele me deu, e
quando vejo que ele não está na sala, tiro o sapato, para não fazer
barulho, e ando até a cozinha com o intuito de dar-lhe um susto.
Quando
chego á cozinha quase morro. Arthur estava com um buquê de tulipas, de
frente para Pérola, que devo acrescentar, estava usando uma roupa para
lá de sensual.
Decido sair
dali, não quero atrapalhá-los. Escrevo num papel, que deixo em cima da
mesa, um recado pra ele, avisando que pra não atrapalhá-los ou causar
problemas no namoro deles, eu voltaria para a casa do meu avô.
Entro no
carro com pressa, e ao chegar à casa do meu avô, não me seguro, choro,
pelo Arthur, que percebo agora o quanto eu amava, pelo meu avô e por mim
mesma que voltei a me apaixonar.
POV- Arthur
Escuto a porta se abrindo, corro até um dos buquês de tulipas, o seguro e sem muito esforço sorrio.
Meu sorriso
logo se desmancha quando vejo que quem está ali é Perola, a princípio
não falo nada, só olho-a, esperando que ela explique o que está fazendo
ali.
“Arthur, eu quero te avisar antes que você saiba pela boca de outra pessoa.” Ela diz.
Eu olho-a, e digo “Fala logo, que eu estou esperando uma visita”.
Em resumo,
ela me avisa que começou a namorar, jura que não me traiu, mas que o
namoro começou logo depois que terminamos. Nem ligo, fico feliz em ter
voltado a ser amigo dela.
Quando levo-a até a porta vejo um bilhete. Era da Lua. A loira
acreditava que eu e a minha ex havíamos voltado, decido ir atrás dela,
mas ao chegar na casa toco a campainha e ninguém responde.
No outro Dia...
Tento falar
com ela no Rec9, mas ela me evita. Quando chega a hora do almoço, vejo
a Mel e ela sentada conversando. É a minha chance, penso. E ando até a
mesa delas.
Continua...
POV- Lua
Escuto
a campainha da casa do meu avô tocar, não me levanto, estou sem forças.
Decido ignorar quem for que esteja ali. O Arthur e a Pérola devem estar
comemorando a reconciliação, penso, com o estômago virado de cabeça pra
baixo.
No
dia seguinte, evito olhá-lo, ou sequer chegar perto dele. Na hora do
almoço sento-me com a Mel, que estranha meu comportamento, normalmente
eu demoraria à chegar, já que eu conversava com o Arthur após a gravação
de cenas nossas, mas hoje corri direto ao encontro dela.
Quando o vejo se aproximando, me levanto e rapidamente entro no meu camarim, trancando a porta.
Ouço uma batidinha fraca, pergunto quem é, e pro meu espanto quem responde é....
POV- Arthur
Cumprimento a Mel, que me olha e só fala “Pode começar a explicar o que está acontecendo entre vocês dois.”
Explico
tudo o que havia acontecido, desde o inicio, o meu fim de namoro com a
Pérola, o meu primeiro beijo com a Lua, e até o ocorrido da noite
anterior.
Ela me encara, como se tivesse com pena de mim, depois faz uma careta e fala:
“Tu
gostas muito dela né?” ela fala, forçando ainda mais o jeito gaúcho
dela. “ Nem precisa responder, ta no seu olhar a resposta. Desculpa, mas
a Lua tá muito magoada, ou melhor triste, ela acha que você voltou a
namorar a Pérola, e o pior, que não sente nada por ela.”
Olho-a
e ela continua. “Você já tentou se explicar?” respondo que não tive a
oprtunidade de sequer me aproximar dela. “Puts, sério?” Ela fala.
Respondo
que sim, que as ligações ela não responde, que nem me olha, a não ser
que seja obrigada, durante as gravações, e que nem a porta de casa ela
abriu pra mim quando eu fui atrás dela.
Ela
olha pra mim, e me fala,” eu não deveria te contar isso, mas a Lua foi
pro camarim dela. Corre que ela ainda deve estar lá, e está sozinha, a
porta deve estar aberta.” Sorrio, dou-lhe um beijo na bochecha e corro.
Continua...
POV- Lua
Sophia
responde que é urgente, que ela precisa falar comigo. Deixo-a entrar, e
assim que faço isso ela me enlaça num abraço apertado e começa a
chorar.
Ela e o Chay acabaram o namoro, ela me conta tudo, fico com pena, os dois eram tão fofos juntos, se amavam, não havia duvida.
Decido
me abrir com ela, e contar tudo sobre eu e Arthur, ela me abraça, diz
que se eles voltaram era porque ele não me merecia, peço que não comente
à ninguém sobre o que eu falei, e ela pede o mesmo sobre o fim do
namoro.
Escuto
uma voz gritando “Lua, abre a porta, preciso falar com você” Era
Arthur, ele queria algo, olho pra Sophia, que responde, me aliviando
“Arthur, a Lua saiu, eu que estou aqui dentro”.
“Ah,
avisa pra ela que nós precisamos conversar. É urgente, ela entendeu
tudo errado!” ele fala, e escuto os paços dele se afastando da porta.
“Lua o escuta!” ela fala pra mim, mas eu sou inflexível, digo que não precisa, já entendi tudo bem direitinho.
POV- Arthur
A Lua, não vem falar comigo, fico chateado, ela ao menos deveria ter tido a consideração de tentar me escutar....
Passa-se
uma semana e ela continua me evitando. O clima entre todos está
estranho, Chay e Sophia anunciaram o fim do namoro, e o grupo fica um
pouco dividido. Eu e Lua mal conversamos, ou melhor, só falamos o que
está no roteiro.
Fico
feliz em receber um convite, de um velho amigo meu, pra um churrasco
com o pessoal da Malhação, vai ser na casa de uma das atrizes, que está
dando a festa pra “espantar” a tristeza que se encontra na casa do avô
dela. Acho estranho o motivo, mas festa é festa, e eu preciso de uma.
POV- Lua
Eu
e Terrinha decidimos fazer uma limpeza na casa do vovô, que ficou de
herança pra nós duas. Mandamos pintar tudo, e pra comemorar isso ela
decide chamar os amigos da “Malhação” pra reabrir a casa, com muito
estilo.
O
tema da festa seria HAVAIANA, pego um biquíni colorido, ponho um colar
de flores no pescoço e com muito esforço tento entrar no clima. Quando
começo a descer as escadas em direção à sala vejo uma pessoa, que a
tempos tento evitar.
Continua...
45ºCapitulo
POV- Arthur
Decido ir de carona com o Bruno até a festa, já que planejo beber algo, e com a lei seca, se beber não pode dirigir.
Quando ele estaciona o carro, tenho uma crise de risos, ele me olha,
achando que eu estou louco, explico que ele havia me salvado que a
garota que eu gostava morava ali.
“A Ana?” Ele me pergunta.
“Não a Lua” Respondo, já animado.
Entro na casa, que está diferente, entre os quadros vejo uma foto da Lua com o avô, ela estava tão bonita.
Quando me viro vejo-a descendo, de biquíni e canga, com um colar de
flores no pescoço, sorrio e antes que ela possa fugir puxo-a pra perto
de mim.
POV- Lua
“Oi Arthur, já falo com você eu tenho que...”falo
Ele me corta, “Não o assunto é urgente”. Mesmo tentando sair, não
consigo, ele é mais forte e consegue, com facilidade, me levar até o
outro cômodo da casa, a varanda, pra ser especifica.
“A namorada não veio?” Pergunto debochada.
“Não tenho nenhuma” Ele responde, e continua “Olha, a Pérola tá
namorando um ator da globo, eu gosto de você, exclusivamente de você, eu
estava preparando uma surpresa aquele dia, daí ela chegou e me contou a
novidade, não queria que eu soubesse pelos outros. E tem mais, não sei
se você notou, mas as flores que tinham na sala era tulipas, as suas
preferidas, se fosse pra Pérola eu teria comprado rosas.”
Olho-o, começo a chorar.
Continua...
46ºCapitulo
POV – Arthur
Falo tudo, que a amo, que a desejo, que eu to nem ai pra nada. Seguro-a
pelo braço pra que não me escape. E depois disso me calo, olho-a, ela
me olha, e do nada ela começa a chorar.
“Lua, você está bem?” Pergunto.
Ela não responde, só sorri, não entendo mais nada. Ela me beija, eu
beijo-a de novo, apesar de não saber se ela está triste comigo, ou
feliz. Quando paramos de nos beijar, já ofegantes, ela sorri e fala “
Essa foi a coisa mais linda que alguém já fez por mim”.
Começamos a nos beijar novamente, levanto-a pela cintura e pressiono-a contra a parede.
POV- Lua
Não acredito nas palavras que saem da boca dele, são tão perfeitas, ele é perfeito (rsrsrsrsrs)!
Beijo-o, depois de chorar de tanta felicidade, ele me agarra e me
pressiona contra a parede, sinto o clima esquentar, e quando estou quase
perdendo o controle de mim mesma escuto:
“Lua! Maninha amada, desculpa estragar o clima, mas eu não estou
encontrando os salgadinhos que você encomendou” diz a Ana Terra.
Fito-a, que raiva, ela só podia ter planejado aquilo.
“Arthur, eu vou lá ajudar a Terrinha, e assim que ela me liberar eu
volto pra você, vai curtindo a festa sem mim” Falo isso à ele, e dou-lhe
um beijo.
POV- Arthur
Devo admitir que fico feliz que a Terra tenha nos atrapalhado, ok, feliz
não, mas que foi bom foi. Isso me da a chance de preparar algo
especial pra Lua, que nossa primeira vez seja algo que ela jamais vá
esquecer.Quando ela volta da cozinha, puxo-a pra perto de mim. Estou
começando a perceber que quando estou perto dela fico mais possessivo
que o normal.
“E ai, agora você vai ter tempo pra mim?” Pergunto, já colocando mão na cintura dela.
“Acho que sim, já ajudei a Terrinha, mas não sei se você ta merecendo,
já que por sua causa eu passei uma semana inteira chorando! Você Arthur
Aguiar me fez acreditar que você não gostava de mim!” Olho-a, e beijo-a.
“Assim é um bom começo pra me redimir?” Pergunto.
Ela ri, e responde “Se você acha que isso é o suficiente está muito enganado”.
“Ah, mas você também me torturou, beijou duas vezes, na minha frente, o Bernardo”eu falo.
“Beijei pensando em você” E quando ela vai me beijar novamente alguém chega por trás e abraça-a.
Continua...
47ºCapitulo
POV – Lua
Quando saio
da cozinha vejo Arthur e Bruno, um amigo da Terrinha, conversando, mas
assim que começo a me aproximar o moreno vem até mim. Conversamos e
quando vou falar que beijei o Bernardo pensando nele, sinto-me ser
abraçada.
Levo um susto, até esbarro no Arthur sem querer. Olho pra trás e vejo que quem tentava me abraçar era o meu ex.
Sim meu ex!
E de frente pra ele, com uma cara de que não estava muito contente com a
cena que se passava, estava o Arthur, meu amigo com benefícios.
A situação ia de mal, à pior. Mas como se diz, sempre pode piorar.
“Amor, você não quer dançar?” ele pergunta.
Olho-o e falo “Claro que quero. Arthur vamos? Eu amo essa música”. E antes de receber uma resposta puxo-o.
POV- Arthur
Não sei
quem era o cara, mas amei o corte que a Lua deu nele. Fomos até o local
onde a maioria das pessoas dançavam, olhei-a e criei coragem de
perguntar:
“Lua, quem era aquele cara?”
“Ah, meu ex idiota, que não se conforma com o nosso fim de namoro”
EX?! Tá,
isso eu não esperava. Mas, ela ter chamado-o de idiota fez o meu dia.
Dançamos juntos até quase todos os convidados terem indo embora. Ouço-a
sussurrar no meu ouvido “ Sobe comigo? Eu quero trocar de roupa, estou
começando a ficar com frio”
Olho-a de cima a baixo, puts ela estava linda, mas a roupa era realmente fresquinha.
Quando
subimos as escadas, me dou conta que vou conhecer o quarto dela.Chegando
lá, noto que é grande, com uma enorme janela com vista pro mar, na
cômoda vejo uns perfumes e algumas fotos, entre elas, uma de nós dois.
Era estranho saber que eu estava no quarto dela, a sós pra ser mais
especifico.
Quando ela
sai do banheiro, com uma blusa e uma wet legging, não posso parar de
olhá-la. Ela sorri, parece que havia planejado me hipnotizar. Ela
pergunta o que estou segurando, mostro-a a foto.
POV- Lua
Só depois
de entrar no quarto que lembro que eu tinha uma foto de nós dois na
cômoda, entre outras coisas que estão espalhadas pelo dormitório. Saio
do banheiro e olho-o, noto que ele me observa, como se estivesse em
transe, fico feliz, percebo que cativo o olhar dele. Aproximo-me dele,e
quando estou abrindo a porta ele me segura e beija-me.
Continua...
48ºCapitulo
POV- Arthur
Quando vejo-a indo em direção à porta decido segurá-la, beijo-a com
intensa paixão, e ela corresponde, ela beija o meu pescoço, fazendo com
que eu fique cada vez mais excitado....
Eu seguro-a com mais força, mordo-a, e como se aquilo fosse uma
permissão ela começa a tirar a minha blusa. Enquanto ela faz isso eu
abro o sutiã dela....
POV- Lua
Tiro a blusa dele, revelando um peitoral bem definido, traço com a ponta
dos dedos os músculos do abdômen dele, depois subo um pouco passando os
dedos pelo peitoral dele, e quando estou me direcionando pra retirar
mais uma peça de roupa dele, alguém tenta abrir a porta, porém ao fazer
isso é impedido por mim, já que eu estou com parte do corpo na frente da
porta.
“Lua!”Escuto alguém gritar.
“Quem é?” Digo com voz trêmula.
“Lua, você vai dormir aqui hoje? É que eu havia te avisado que hoje eu e
o Leonardo iríamos... você sabe! Então teria como você começar a
arrumar as suas coisas para ir embora logo? Você não tem como pedir para
aquele seu colega, que te expulsou da casa dele pra você passar essa
noite lá?” Ah, é a Terra.
Reconheço a voz dela.
“Tá, já vai!” Respondo. Olho pro Arthur, como se me desculpasse por ter que interromper nosso momento.
POV- Arthur
Expulsa? Eu não a expulsei lá de casa, ela que decidiu sair, e depois
passou lá, sem me avisar, enquanto eu estava fora, e recolheu as coisas
dela.
“Lua, você mentiu pra ela dizendo que foi eu que te expulsei lá de casa?” Pergunto, me fazendo de ofendido
“Ah, desculpa, mas eu não ia chegar pra minha irmã e dizer que eu havia
saído do seu AP porque eu e você estávamos ficando, e numa bela noite eu
vi sua ex lá. Assim, concluindo que você não gostava de mim, e me
deixando com o EGO tão baixo que eu precisava voltar pra casa e me
entupir de chocolate” Ela me fala, com cara de “é obvio que precisava
falar isso”.
Ummm, talvez falar pra irmã dela sobre o nosso caso teria sido errado
mesmo, mas dizer que eu havia expulsado-a de lá também não era bom.
“Você vai voltar a morar lá em casa?” pergunto. Enquanto ela pega
algumas roupas e coloca na bolsa.
“Não.” Ela responde.
Continua...
49ºCapitulo
POV- Lua
Quando eu disse que não ele ficou branco, quase comecei a rir. Então pra
que ele me compreenda melhor repito “Não, eu não vou, eu vou passar a
noite com você, mas morar é mais complicado, quanto começamos a morar
juntos ainda não tínhamos nada, agora eu posso passar a noite com
você...” Respiro e falando mais baixo “ Você pode passar a noite aqui,
só morar juntos de verdade vamos esperar um tempo ok?”
POV- Arthur
Ah, pensando bem, tendo a promessa que ela vai passar a noite comigo era
melhor até que morar juntos. Afinal, não havia grande diferença porque
eu faria questão de acordar ao lado dela todos os dias, até mesmo nos
dias de TPM. Ela me impressiona cada vez mais, sorrio pra ela e falo
“Contanto que você prometa acordar do meu lado todos os dias eu não me
importo, e aceito a sua imposição.”
Descemos as escadas da casa do avô dela, quero dizer, descemos as
escadas da casa da Lua de mãos dadas, e chegando na sala a irmã dela
leva um susto.
Era notório que ela não sabia que eu ainda estava lá, e muito menos que
eu e a Lua estávamos tendo algo.Mas, ela não fala nada, só sorri pra
gente e pergunta se vamos no show da banda dela naquela noite. Naquela
noite, espera, mas que horas eram? Olho o meu relógio de pulso 2:45
horas. Uau, como tempo passou rápido.
POV- Lua
Saímos da minha casa às dez para as três, no carro Arthur coloca um cd
do Coldplay, comento que amo eles, e que se eles viessem no Rock in Rio
naquele ano eu iria assisti-los. Ele me olha, e fala, “Não você não
iria, nós iríamos. “ Sorrio pra ele. E concordo com a cabeça.
Conversamos sobre muitas coisas no caminho, e quando estamos quase
chegando o celular dele toca, ele olha no visor e começa a rir. Atento
descobrir o que é, mas ele não me deixa ver, diz que na casa dele ele me
mostra. O que será que ele está me escondendo? Fico tentando descobrir,
mas ele não me deixa. Acho que força não é a melhor maneira de
conseguir o que quero, então, passo a tentar seduzi-lo.
POV – Arthur
Chay me manda uma mensagem, que me faz rir muito, a Lua, que não é nem um pouco curiosa #MENTIRA,
tenta descobrir o que é. Falo que vou contar quando chegarmos mas ela
não desiste, primeiro tenta roubar o celular de mim, depois, começa a me
bater, de brincadeira, pra que eu passe o celular, mas eu resisto.
Porém, ela descobre o meu ponto fraco, ela passa a tentar me seduzir.
“OH SHIT” falo, sabendo que ela entende inglês “Are you freaking crazy,
I’ll crash if you don’t stop” Eu falo rindo. Mas ela decide começar a
pegar pesado, e beija o meu pescoço, depois me da um chupão, que eu vejo
pelo espelho do carro que me marcou bastante, depois, pra me deixar
mais louco ainda, ela tira o lenço que usa no pescoço, revelando o
decote dela, Ai Senhor! Pego o celular, dando-me por vencido.
Continua...
50ºCapitulo
POV- Lua
Confesso que exagerei um pouco, que fui imprudente em tentar seduzi-lo
enquanto ele dirigia, mas verdade seja dita, eu sou muito curiosa! Mesmo
sabendo do perigo só paro quando ele fala “Ai senhor!” E pega o celular
dando-se por vencido.
Estou prestes a pegar o celular quando ele, propositalmente, joga o
celular pro banco de trás. Ah, mas que raiva eu fiquei dele!” Chato!”
grito. Fechando a cara, igual à uma criança mimada.
Ele olha pra mim e ri, “Ah, neném, tenha calma” Ele diz sarcástico.
POV- Arthur
Vê-la agindo de forma tão infantil é muito engraçado, e o olhar dela de revoltada deixa-a ainda mais linda.
Quando estaciono o carro ela tenta abrir a porta, mas eu sou mais
rápido, tranco a porta impedindo a sua saída. Olho pra ela, e falo
“Antes você me torturou, agora eu que vou fazer isso com você”
Antes que ela consiga reclamar beijo-a, abafando qualquer protesto,
beijo com força pode dizer que até tenha sido meio bruto, mas faço
questão de parar apenas quando vejo que ela está sem ar.
POV- Lua
Ele me beija, com tanta força, e perfeição, que chego a esquecer de
respirar, o carro abafado também não ajuda. Quando paramos de beijar
fico ofegante por um tempo, mas ele fica normal, como se nada tivesse
acontecido.
“Que fôlego!” Falo. Pra isso ele responde “Agradeça aos meus 14 anos de
natação” E abre a porta, antes deu me recuperar, já pegando o celular e
guardando-o. Quando vou sair do carro ele abre a porta, e como se eu
fosse uma noiva ele me leva do carro até o elevador no colo. Com a minha
mochila à tiracolo.
POV – Arthur
Carrego-a até o meu apartamento, e depois de largá-la no chão e abrir a
porta falo no ouvido dela “Hoje você é minha”. Beijo-a e quando o clima
começa a esquentar, lembro-me da tortura dela no carro, largo-a no sofá,
cheia de desejo, assim como eu e vou até o laptop, ligando-o.
“Então pronta pra ver o que o Chay me mandou?”
“AM?” ela faz uma cara, obviamente já te havia se esquecido. Ela percebe
que estou querendo deixá-la tentada, mas não liga. Espera que eu acesse
o site que pretendia mostrá-la, e quando finalmente entra ela cai na
gargalhada.
Continua...
51ºCapitulo
POV- Lua
Quando
finalmente entra o tal link fico completamente chocada, o Arthur fez
tanto mistério por causa dele que eu imaginava algo mais interessante.
Não que não fosse, mas sei lá, esperava mais. Era o link de um site de
fãs nossas, que haviam revirado cada passo nosso para provar que éramos
um casal.O nome era CSI LuAr, acabo até descobrindo que já somos um
casal intitulado.
Rio
dele, porque em uma das fotos o olhar dele era fixo em certa parte do
meu corpo. Arthur parece ficar envergonhado, mas ri de mim também, em
uma das fotos a legenda dizia “Lua com mão boba”, nem havia reparado,
mas a minha mão estava próxima de uma certa parte do corpo dele 69. HAHA
Depois de me mostrar isso finjo ficar chateada com ele, por causa do enorme mistério que ele fez.
“Mas porque tanto mistério?” Pergunto
“Só queria te deixar curiosa, afinal, paciência é uma virtude sabia?” Ele me responde.
“Uma
que eu não tenho, caso você não tenha percebido.” Respondo. Ele me olha
e com os lábios colados nos meus sussurra “Mas, você tem várias outras
que eu amo”.
Ah,
assim é covardia, não tem como resistir a ele. Afinal, visualize a
minha cena, eu estou sentada num sofá, com um Arthur Aguiar sorrindo
olhando-me com uma cara de apaixonado. Desisto de resistir e deixo ele
me beijar primeiro a minha boca, depois o meu pescoço enquanto isso eu
vou tirando a blusa dele, tendo assim uma melhor visão do corpo dele.
POV- Arthur
Quando
ela tira a minha blusa eu decido equilibrar o jogo, tirando a blusa
dela e rapidamente soltando o sutiã. Enquanto isso ela começa a abrir o
zíper da minha calça, mas eu a impeço. Tiro a calça dela e fico
torturando-a, deixando-a cheia de desejo, mas não cedendo nada à ela.
Deito-a
no sofá e fico por cima. “Você é muito linda, sabia?” pergunto. “Tenho
que admitir que você não é tão mal” Ela fala, fazendo charme.
POV- Lua
Ter
Arthur por cima de mim no sofá, sem camisa, e eu só de peças intimas é
um tanto excitante, para não dizer muito. Ele me leva no colo até o
quarto dele, é a primeira vez que entro nesse cômodo.
Noto
que o quarto é amplo e organizado, diferente do meu que estava em
constante bagunça. Ele me leva até a cama dele, e quando me deito sinto o
cheiro dele no travesseiro. Retiro a calça dele e me rendo ao desejo,
assim como ele.
POV- Arthur
Tê-la
em minha cama, quantas vezes eu sonhei com isso? Jamais pensei que
seria possível, mas aqui estamos juntos, ela dormindo em meus braços,
usando apenas a minha blusa. Já está claro, mas não me animo em me
levantar, prefiro ficar deitado ali, recordando o momento.
Ela
abre os olhos, que antes estavam fechados, se vira pra mim, dormíamos
antes em conchinha, e me beija. Olho-a e sorrio, a partir de hoje quero
passar todas as noites assim.
Ela
faz menção de falar alguma coisa,mas é interrompida pelo celular que
toca, ela se levanta da cama e atende. Fico curioso pra saber o que é.
Continua...
52ºCapitulo
POV- Lua
Acordo
e me sinto muito confortável nos braços fortes de Arthur, beijo-o e dou
bom dia, quero que esse momento dure pra sempre, mas infelizmente sou
interrompida pelo meu celular que toca.
Levanto-me
da cama e corro até a sala. “Alô, Lua?” fala a voz na outra linha. “Sou
eu, quem é?” falo com uma voz sonolenta. Olho o relógio do celular e
vejo que são 16:00hs, OMG, já? Penso.
“Lua,
sou eu a Ana, eu só queria saber se você vai vir no show hoje, e se o
seu amiguinho também vai, preciso do nome completo dele pra por na
lista.” Fala a voz ao telefone. Nesse momento me lembro do show.
“Puts,
nem falei com ele ainda, não sei se ele vai querer ir, coloca na lista o
nome Arthur Aguiar, mas eu só posso confirmar presença mais tarde. Ok,
linda?”Falo.
“Tá,
já vi pela sua voz que a madrugada foi agitada. AHAHAHAHA, beijo!Ah e
manda um beijo pro Arthur também, ok safadinha?” Ela fala.
Rio,
e desligo. Minha irmã sem dúvida me conhecia bem. Fico pensando em dois
problemas, um deles é como vou apresentar Arthur aos meus amigos que
estarão no show, e se ele sequer vai querer ir.
Retorno ao quarto. Chegando lá....
POV – Arthur
Enquanto
a Lua está no telefone me apresso pra ir ao meu banheiro esconder a
caixa de camisinha que fica jogada ao lado da pia, e cuecas e meias
sujas que estavam no chão.
Depois
disso volto para o quarto e pego uma bermuda para por, mas antes, tento
achar a cueca que eu usava antes. Não sei onde foi parar, estava tão
concentrado em despi-la que nem vi aonde ela jogou a minha cueca.
Quando estou colocando a cueca escuto os passos dela se aproximando, ela me observa.
Desisto
de olhá-la apenas e puxo-a pra perto de mim, beijo o pescoço dela e
noto que ela havia ficado com uma marca de chupão no pescoço. Sorrio com
satisfação,eu havia marcado-a. Ela era minha agora.
Noto
que ela está tensa, pergunto qual era o problema e ela me responde
“Arthur, hoje de noite tem o show da minha irmã, quer ir junto?”
POV – Lua
Quando
vejo-o só de cueca no quarto tenho o desejo de agarrá-lo, mas como
estou tão apreensiva quanto a ele ir ou não no show nem faço nada.
Quando ele nota a minha tensão e eu respondo o motivo um silêncio toma
conta do quarto.
Continua...
53ºCapitulo
POV- Lua
Ele
não me responde, fico com medo que ele se sinta pressionado, mas quando
ele finalmente fala algo, em vez de uma resposta recebo uma pergunta.
“E você vai me apresentar como para os seus irmãos? Namorado, colega, amigo, ficante?”ele questiona.
Puts,
ele certamente achava que eu era do tipo que se grudava depois do sexo,
que apresentá-lo à minha família era confirmar um relacionamento sério.
Olho-o e falo.
“Como amigo e colega” E espero ver o que ele fala.
POV – Arthur
Na
entrevista que demos a Capricho a Lua havia comentado que só namorava
quando realmente gostava da pessoa, então quando a questiono para saber
como serei apresentado aos amigos, e ela me responde que me apresentaria
como amigo e colega, concluo que ela não me amava.
“Ah,ok
então” Respondo. Fico em silêncio e volto a me vestir. Aviso à ela que
encontrá-la-ei no show mesmo, pois eu almoçaria com a minha mãe, minto.
Separo uma roupa e vou para o banho. Não consigo parar de pensar que ela não me ama.
POV- Lua
Saio
do quarto dele quando o mesmo entra para o banho. Fico pensando se ele
desejava algo sério, ou se eu era apenas diversão, ele mesmo comentou
que o namoro dele e da Pérola havia sido um erro, e que namorar só
depois da novela.
Penteio
o cabelo e coloco um short por cima do biquíni, decido almoçar sozinha
depois de correr na praia, sempre que corro consigo pensar melhor.
Espero-o sair e sem mesmo me dar um selinho ele sai para encontrar-se com a mãe.
POV- Arthur
Decido
realmente almoçar com a minha mãe, na saída nem me despeço da Lua.
Chego na casa da minha mãe e decido que não vou mais ao show, porém
depois me decido que se ela quer só pegação é o que eu vou dar à ela.
POV- Lua
Corro
na praia, e aproveito para pensar, concluo que como não temos nada
sério não vejo a necessidade de me comprometer com ele, em outras
palavras, se chegassem em mim no show eu ficaria sem o menor remorso.
Continua...
54ºCapitulo
POV- Arthur
O show estava marcado para as 20:00hs, decido por fim ir, chegando lá mando um sms pra Lua, perguntando aonde ela está.
Ela me manda dar o nome para o segurança do mezanino e encontrá-la lá
dentro. Chegando lá vejo-a sentada ao lado de dois homens, entre eles o
ex-dela que eu havia conhecido na noite anterior.
Ela se levanta quando me vê, e assim como havia dito, me apresenta como
amigo e colega dela. Enquanto ela fala noto na roupa que usava, uma saia
de cintura alta preta colada e uma blusa prateada folgada, que tinha um
grande decote nas costas. Que raiva, não tinha como me convencer que
ela era horrível, e que eu devia esquecê-la.
POV – Lua
Quando Arthur chega eu decido não trocar de lugar e sentar ao lado dele,
pelo contrário, faço questão de ficar ao lado do Leonardo, meu ex, e do
Igor um velho amigo meu.
Quando o show está prestes a acabar a banda começa a tocar uma música
lenta, e para o meu espanto, Arthur me tira para dançar. Dançamos
coladinhos, mas não trocamos caricias ou qualquer coisa.
Fico triste em perceber que ele olha outra enquanto dança comigo,
seguro-me para não chorar, como dizem, se é bonito e tá solteiro ou é
galinha ou é gay.
POV- Arthur
Danço com a Lua, tenho um enorme desejo de beijá-la, acariciá-la mas me
seguro, estamos num lugar público, lotado, qualquer um pode nos ver e
filmar ou fotografar.
Estamos dançando quando vejo uma morena alta, de vestido curto e
apertado, observo-a, é bonita, não muito, mas o corpo era sem dúvida
chamativo. Largo a Lua e vou falar com ela. Acho-a familiar.
POV-Lua
Tive que me segurar para não chorar quando o Arthur me largou na pista
sozinha e foi atrás de uma morena com cara e corpo de vadia.
Vejo eles se falando, e depois abraçando-se, um abraço demorado, ela
fala algo que o faz rir, ah que ódio eu fico. Nisso vejo entrando no bar
o Bernardo (Falcone), sorrio para ele e puxo-o pra dançar.
Continua...
55ºCapitulo
POV- Arthur
A morena
era, como eu imaginava, familiar até demais, era a noiva do meu melhor amigo,
vou cumprimentá-la e pergunto dele. Cláudia era o nome dela.Conversamos por um
tempo e ela diz que no casamento deles eu deveria levar os meus novos amigos.
Sorrio e me despeço dela.
Quando
estou voltando para a mesa que a Lua antes estava sentada vejo-a dançando com o
Bernardo, fico com nojo da cena, os dois muito próximos dançando animados.
Penso em
voltar para casa sem me despedir, mas a Ana, irmã da Lua, me vê e vem falar
comigo. Pergunta o que eu achei do show, e chama-me para tomar um drink, por
conta dela, com os outros membros da banda, que sou apresentado.
Logo depois
a Lua se aproxima de nós, de mãos dadas com o Bê, ela como sempre estava
sorrindo, com um ar descontraído.
POV- Lua
Quando
paramos de dançar me direciono para mesa, onde a Terrinha distribuía drinks.
Ela chega e cochicha no meu ouvido, “Você está com qual dos dois? O moreno de
ontem ou esse daí?”.
Sorrio pra
ela e respondo “Nem um dos dois”. Se ela sequer imaginasse a verdade eu não
veria o amanhã, ela tentaria me ajudar de todas as formas para que Arthur fosse
meu, mas no fim só estragaria a minha amizade com ele.
Noto que
ele não está acostumado a beber, pois depois d
e poucos tragos ele já está um
pouco fora de si. Quando ele faz menção de ir embora eu pergunto se ele está de
carro. Para o meu pavor ele responde que sim. Se tem uma coisa que me apavora é
bêbado dirigindo, aviso que vou com ele pra casa, mas ele me responde,
surpreendendo-me que...
POV- Arthur
Sinto-me um
pouco tonto, mas continuo a beber, quando a Lua me pergunta se vou de carro,
noto que ela está preocupada comigo. Digo que sim, e quando ela fala que vai
embora comigo acabo falando demais.
Infelizmente a bebida faz com que eu fale sem
pensar, e acabo falando “ Não volta nada, vai lá pra casa do Bernardo, aposto
que você vai gostar mais.” Ela me olha espantada, o mesmo olhar que ela dava à
mim quando interpretava estar bêbado.
POV- Lua
Quando ele
me mandou ir pra casa do Bernardo não tive reação, não sabia se mandava-o calar
a boca, se me estressava com ele, ou se ficava magoada. Na dúvida chamei o Bê e
pedi que cuidasse dele. Despedi-me da Ana e fui para casa.
continua...
56ºCapitulo
POV- Lua
Chegando à
minha casa, joguei-me no sofá. Estava com ódio do Arthur, ele achava que eu era
o que? Uma puta? Subo até o meu quarto e jogo o porta retrato com a nossa foto
longe.
Mando uma
mensagem pro Bê, pedindo que ele me avisasse se o Arthur não aceitasse voltar
de táxi.
POV- Arthur
Não me
lembro de nada daquela noite. Acordo com uma dor de cabeça horrível, não
costumava beber, mas o ciúmes que tive da Lua me embebedou. Chegando à sala,
ligo a secretária eletrônica para ouvir os meus recados. Entre eles estava um
do Bernardo:
“Cara, não
sei o que aconteceu ontem a noite, mas eu e a Lua não temos nada, pra falar a
verdade eu sou comprometido. Ela que estava chateada, você se agarrou na frente
dela,que obviamente sente algo por você, com aquela morena. Ela só dançou
comigo porque eu pedi, e além disso somos apenas amigos. Se ela não tivesse
pedido que eu te trouxesse em casa, eu jamais teria te ajudado. Você a
desrespeitou. Cuide-se, a Lua ama você, mas ela não é trouxa.”
Fico sem
reação ao ouvir isso. Eu havia magoado a Lua, e ela achava que eu estava com a
Cláudia, e pior que tudo eu desrespeitei ela.
O outro
recado era da Lua:
“Arthur,
não sei o que houve ontem. Eu e o Bê não temos nada, não que eu lhe deva
satisfações, me manda uma mensagem avisando que está bem. Outra coisa, você
deve precisar de um remédio de dor de cabeça, então eu mandei a farmácia
entregar ai uma caixa com comprimidos, não se preocupe eu já paguei. Até
amanha, Lua”
Isso só
podia ser tortura, eu a desrespeito e ela mesmo assim cuida de mim. Como fui
burro, ela gostava de mim, e eu fiz com que ela acreditasse que eu estava com
outra, além de humilhá-la na frente da família dela e dos amigos. Decido tomar
um remédio e falar com ela.
POV- Lua
Tento
esquecer tudo! Saio de casa cedo, deixando o celular desligado. E vou pra
praia, depois de passar algumas horas tomando banho de sol me preparo para
voltar pra casa, quando um grupo de meninas se aproxima e pede um autógrafo
numa revista, vejo que a foto que elas escolheram para eu assinar é minha e do
Arthur, por sorte eu usava óculos e ela não viram os meus olhos se encherem de
lágrimas.
Volto para
casa e surpreendo-me ao vê-lo parado na frente da minha casa.
#Continuaa...
57ºCapitulo
POV- Arthur
A Lua não
atende o celular, então decido ir até a casa dela, chegando lá a vejo
acompanhada, do ex dela. Decido dar a volta na quadra, na esperança que ele
suma dali. Quando estou voltando vejo....
POV- Lua
Leonardo,
meu ex, está parado apoiado no muro me esperando. Estou com pouca paciência e
mando-o sair dali.
Ele me
puxa, tento me soltar,mas não tenho sucesso. “Qual é Lua, vai dizer que você
não sente falta de mim?” ele fala.
Olho-o e
respondo “Nem um pouco.”
“Duvido,
afinal nós até noivamos ano passado, e o único motivo para termos acabado foi
que você me pegou com outra. Coisa que eu sei muito bem que você jamais contou
pra ninguém, afinal, se tivesse, a Ana e eu não seríamos mais amigos.” Ele me
fala.
“Me
solta”Falo, mas não acontece nada, ele me puxa com força e eu grito.Ele estava
prestes a me beijar quando...
#Continua...
58ºCapitulo
POV- Arthur
Vejo-o
segurando-a com força, e escuto-a gritar. Não penso duas vezes, largo o carro
sem estacionar, pulo para fora e dou um soco no rosto do canalha do ex da Lua.
Olho-o e
pergunto se tudo estava bem. Ela responde que sim. Viro-me para o canalha e
encaro-o, segurando ainda a mão da Lua.
“Você não
entendeu? A Lua mandou você sair daqui.” Falo, com a voz mais grossa que o
normal. Ele me olha e fala para a Lua.
“Eu te vejo
no seu aniversário querida.”
Avanço para
socá-lo de novo, mas ela me segura, alegando que não valia a pena.
POV- Lua
Fico
aliviada de ver o Arthur. Convido-o para entrar, mesmo ainda estando magoada
com ele.
Lá dentro
ele se desculpa pela noite anterior, e me beija. Não tenho tempo de escapar,
sabia que se o beijasse esquecer-me-ia de tudo, mas seguro-me.
“E a morena
cadê ela?” pergunto seca, afastando-me dele.
“A Cláudia?
Deve estar bem, o noivo dela, que é meu amigo, chega hoje de viagem” Ele me diz
calmante.
POV –
Arthur
Quando eu
respondo-a sobre Cláudia ela notoriamente fica sem palavras, o Bê tinha razão,
ela tinha tido ciúmes de mim. Rio, e ela me encara.
“O Bê
estava certo, você estava com ciúmes.” Falo.
“Ah, claro,
eu com ciúmes. Por que estaria? Afinal, não somos nada.” Ela responde.
“Mas
podemos ser, basta você querer.” Falo, já imaginava que ela responderia aquilo,
então decido que está na hora de parar de esconder meu sentimento por ela e
mostrar o que sinto, e desejo.
POV- Lua
Fico
completamente chocada. Ele estava me pedindo em namoro?Não entendo. Olho-o e
decido soltar uma pergunto em vez de uma resposta.
“E
poderíamos ser o que?” pergunto. “Ah, jura que você não sabe?”Ele fala.
“Estou lhe
perguntando” Respondo. E com isso ele me puxa para um beijo, e sussurra pra
mim...
#Continua....
#Continua....
59ºCapitulo
POV- Arthur
Puxo-a para
um beijo e sussurro no ouvido dela “minha namorada”. Olho-a e ela dá um enorme
sorriso, beija-me e assim começamos finalmente à namorar. Decidimos não contar
a ninguém, nem mesmo aos nossos colegas, apenas aos familiares.
Na manhã
seguinte chegamos ao estúdio juntos, alegando que eu havia dado carona a ela já
que ela estava sem carro.
POV- Lua
NAMORADA!
MINHA NAMORADA! Foram as palavras dele, quase morri de felicidade, beijei-o e
abracei-o e passamos assim o resto do domingo, juntos. Era a primeira vez que
eu levava um namorado pra cama, ou melhor, pra cama que ficava na casa do meu
avô. E eu só dormi com Arthur porque ele realmente era especial.
Acordamos
mais ou menos ao mesmo tempo, por sorte a Terrinha havia dormido na casa do
namorado, tomamos café juntos e fomos para o estúdio juntos. O dia seria longo,
primeiro gravação da novela e depois aula de música.
POV- Arthur
Decidimos
evitar um ao outro ao máximo, já que a tentação era sempre grande. Na cena que
gravávamos aquele dia nos beijaríamos, prometemos dar um beijo técnico, mas na
hora que ela confessa me amar na novela eu não resisto, esqueço que era só
atuação e agarro-a.
Antes do
almoço sigo-a até o camarim, e lembrando-me do que a Mel disse, abro a porta,
vejo que a morena tinha razão, a Lua nunca trancava a porta. Agarro a minha
namorada e beijo-a.
POV- Lua
Confessar
que amava o namorado era sempre algo difícil, para todas, no meu caso eu estava
apenas atuando, ou melhor, era o que todos achavam, eu falava com sentimento
verdadeiro.
Saio da
cena e decide ir ao meu camarim, fecho a porta, sem trancá-la e ligo o meu
celular. Quando sinto-me ser puxada, era o meu namorado,( como é bom falar
isso )que me beijava. Sorrio e o beijo
de volta.
“Não
deveríamos fazer isso apenas fora do estúdio, ou quando estamos em cena?”
Questiono.
“Sim,
deveríamos, mas eu não resisto” Ele fala e me puxa novamente.
Voltamos a
nos beija, dessa vez com mais intensidade. O clima esquenta e quando estamos
prestes a começar a tirar a roupa um do outro a porta se abre.
#Continua....
60ºCapitulo
POV- Arthur
Estou já
com a mão na saia dela, quando a porta se abre.
Vejo que a
Lua está tão chocada e sem reação quanto eu, decido me virar pra ver que nos
flagrou. Era a Mel, que parada com a boca aberta no encarava.
“Calma, a
gente pode explicar.” Falo.
“Não
precisa, já entendi tudo! Pode ficar tranqüilos minha boca é um túmulo” e após
falar isso ela sai do camarim. Olho pra Lua, que assim como eu está
completamente chocada, segundos depois ela começa a rir.
POV- Lua
Tem coisa
melhor que ser flagrada quase transando com o seu namorado?(PENSAMENTO IRONICO)
Ah, delícia. Olho pro Arthur, que está com a cara um pouco vermelha imagino se
é pelo calor que faz no camarim ou por vergonha mesmo.Não me seguro e começo a
rir.
“Desculpa,
mas não deu para segurar, estamos namorando em segredo a dois dias e já fomos
flagrados.” Falo.
Ele me olha
e fala sorrindo “Verdade, acho que vamos precisar tomar mais cuidado”.
Concordo
com a cabeça. Saímos separados do camarim e quando chegamos ao refeitório a Mel
nos encara. Olho-a e ela pisca um olho pra mim. Espero que ela não faça um
interrogatório.
POV- Arthur
Saímos
separados do camarim, a Lua vai à frente, e eu tendo uma bela visão do corpo
dela pela parte de trás sigo-a. Quando entramos no refeitório nos separamos,
ela vai até a mesa onde os outros estão sentados, enquanto eu me direciono para
o Buffet.
Vejo a Mel
cochichando algo para Lua, me pergunto o que é.Decido esperar até o final do
dia para perguntar.
POV- Lua
Se existe
algo que eu sempre detestei foi ser interrogada sobre a minha vida amorosa, mas
quando a Mel me perguntou não tive escolha. Respondi tudo, e o pior é que eu
até gostei de falar. Ela me aconselha a ser mais cautelosa. Depois do almoço
temos um dia cheio de gravação, e de noite aula de canto. Saio morta do
estúdio, mas saber que passarei a noite com Arthur já é mais que uma motivação
pra mim.
POV- Arthur
Saio morto
da Record, mas saber que a Lua passará a noite comigo me faz esquecer na hora o
cansaço. A noite promete, ao menos é o que eu sinto.
#Continua....
61ºCapitulo
POV- Lua
No carro
vamos conversando sobre os nossos antigos relacionamentos, e me vejo obrigada a
explicar pra ele o motivo do fim de noivado com o Leonardo. Ele conta do namoro
com a Pérola, e sinto que ele não gostou de saber que eu já estive com uma
aliança no dedo.
Chegamos ao
apartamento dele quase às 23:00hs, decidimos lanchar apenas, ele liga a TV, e
começo a assistir um filme com ele, o carinho que ele faz na minha cabeça é
igualmente gostoso e relaxante.
POV- Arthur
Quando
chegamos ao meu apartamento, já exaustos, lanchamos e depois começamos a ver um
filme, faço um carinho na minha namorada. O filme é chato, então decidimos ir
para o quarto.
Quando a
vejo vestindo uma blusa, apenas, para dormir esqueço o sono e agarro-a.Nos
beijamos e deito-a na cama, com facilidade me livro das duas peças de roupa que
ela usa.
POV- Lua
Tiro a
blusa do Arthur com facilidade. Esqueci completamente do meu cansaço quando ele
me beijou. Depois de fazermos amor durmo abraçada nele. Sinto o corpo quente dele
no meu, e deito a cabeça no seu rígido peitoral.
De manhã
acordamos com o despertador do meu celular, tomamos um banho, separados para
que não houvesse o risco de chegarmos atrasados ao nosso trabalho, e depois
tomamos café.
Chegando na
Record lembro-me que gravaríamos o fim do namoro deles, fico triste acabar com
ele era algo que eu jamais planejava fazer.
POV- Arthur
Gravar a
cena do fim do namoro da Roberta e do Diego é difícil. Sinto a dor que ele
sente, pois as palavras saem da boca da minha namorada, e não de uma atriz
qualquer.
Depois de
gravarmos essas cenas vamos à um estúdio onde todos nós 6 somos fotografados e
entrevistados. Perguntam-me se namoro a Lua, quais as principais
características que uma garota precisa ter para eu conquistar e muitas outras
coisas.
A parte
mais legal é tirar foto com a Lua, são as nossas primeiras fotos como casal. No
dia seguinte é feriado, e por isso a Sofia nos chama para passar a noite na
casa dela. Aceitamos todos, com exceção do Chay, que diz ter um compromisso.
POV- Lua
Tiramos as
nossas primeiras fotos como casal, apesar de ninguém saber disso.Depois somos
chamados pra passar a noite na casa da Sofia, sinto que algo acontecerá lá. Só
não sei exatamente o que.
#Continua....
62ºCapitulo
POV- Lua
Chegando à
casa da Sofia tiramos umas trezentas fotos no espelho do elevador, posto uma
delas no twitter, e me arriscando muito tiro uma do Arthur no chão do banheiro
da Sofia.
Imagino se
alguém vai desconfiar do que estamos fazendo, a sós, no banheiro. Depois de
tirar a foto, comento que ele fica incrivelmente sexy de óculos, especialmente
de sol. Começamos a nos beijar quando a porta do banheiro se abre, somos
flagrados novamente.
POV- Arthur
Estou
beijando a Lua, que está sentada na pia do banheiro, quando a Sofia entra com o
Micael, eles nos olham, e sem ter como negar a situação decidimos contar tudo,
afinal todos já estavam sabendo, com exceção do Chay, que ao menos ficando
estávamos.
Quando
voltamos para a sala a Mel começa a rir e diz “Deixe-me adivinhar, vocês foram
flagrados, de novo.”.
Olho-a e
rio, não tem como negar somos péssimos para namorar em segredo, em menos de
dois dias somos descobertos por todos, isso é quase todos.
Semanas
depois, os ensaios para turnê começam, a Lua e o Arthur estão cada vez mais
apaixonados, e aos poucos manter segredo do romance torna-se uma missão
impossível
POV- Lua
Todos os
nossos amigos mais próximos e familiares sabem do nosso namoro. Eu acompanho-o
para o casamento da Cláudia, a morena do show, e ele vai à peça de teatro da
minha irmã. Fazemos muitas coisas juntos, mas o que estou realmente animada, e
que julgo ser o maior desafio para nós é Rock in Rio. O evento seria enorme,
mesmo tendo passe para a área VIP corremos um grande risco de sermos vistos por
fãs, além disso, fotógrafos estarão espalhados por todos os cantos.
POV- Arthur
Decidimos
no dia da abertura que vamos arriscar ir juntos ao Rock in Rio. É o primeiro
evento grande que vamos como um casal, decidimos não sair gritando que estamos
namorando, mas se houver o desejo de nos beijarmos ou segurar as mãos não vamos
resistir.
Chegando ao
evento tiramos uma foto com a Sofia, e com um ator da Malhação,temos o cuidado
de não ficarmos um do lado do outro na foto. Mas, no intervalo entre dois
shows, enquanto corremos de um camarote para o outro somos parados por um
fotógrafo.
Ele nos vê
de mãos dadas, mas imagino que não tenha conseguido tirar foto, porém ele pede
que posássemos juntos, e na hora da foto me esqueço de tudo e coloco a mão na
cintura da Lua. No dia seguinte me acordo antes dela, e ao entrar no twitter
sou bombardeado por milhares de blogs que alegam que nós dois estávamos no
maior amasso no show, e que teríamos brigado também.
#Continua....
63ºCapitulo
POV- Lua
O show
havia sido alucinante, não resistimos e nos beijamos durante o evento, mas
tomamos cuidado para não sermos flagrados. Tiramos fotos, e até demos alguns
autógrafos.
Na manhã do
dia seguinte, acordo sozinha na cama do Arthur, decido procurá-lo, mas quando
finalmente o acho vejo-o com uma cara braba de frente para o computador.Ele
estava num blog, que dizia que nós havíamos brigado e que havia tido um
barraco.
“Se sabemos
que não brigamos é isso que importa” Falo pra ele.
POV- Arthur
O que ela
fala faz sentido, fico feliz em ver que ela consegue ser mais calma que eu
quando o assunto é fofoca. Mostro a ela uma foto que tiraram nossa, nela
aparecemos ao fundo, atrás de duas atrizes, nos beijando.
Ela ri, diz
que não somos obrigados a falar nada, mas quando chegamos ao estúdio somos
bombardeados de perguntas, tirando o diretor e a autora da novela, além de
alguns amigos mais íntimos, ninguém mais sabia do nosso namoro, e a foto que
fora publicada era mais que reveladora.
POV- Lua
Fico
incomodada com tantas perguntas, evito falar, e no final do mês decidimos abrir
o jogo para os fãs também, afinal, foi graças a eles que nos conhecemos, e eles
desde o inicio sempre nos apoiaram.
O Bernardo,
que se intitula nosso padrinho, pede para postar a noticia “BOMBÁSTICA”,
tiramos uma foto no intervalo, juntos, abraçados, e logo depois de postá-la no
twitter o Bê twitta “#LuAr existe meu povo, eu sou padrinho”. No mesmo dia as
nossas assessoras recebem vinte mil chamadas, convites e mensagens para que
falássemos algo sobre o nosso namoro. Porém decidimos não falar nada.
POV- Arthur
Depois de
confessar publicamente que estávamos namorando o nosso mundo virou de vez. Eram
fãs mandando mensagens a todo tempo para nós, o cuidado redobrado com fotos que
tirávamos uma loucura por completo. Mas, mesmo com tudo isso nosso namoro
continuava firme e forte.
POV- Lua
O dia mais
esperado se aproximava, seria o nosso primeiro show de verdade, o pré show na
realidade, sairíamos do NoCapricho e iríamos direto para o show em Porto
Alegre.
Nos
ensaios, que eram cada vez mais rígidos e exaustivos, sempre arranjávamos tempo
para namorar. Até que finalmente o grande dia chegou. A noite seria cheia de
surpresas.
#Continua....
64ºCapitulo
POV- Lua
Eu estava
nervosíssima, faltava um dia pro show, quando chegamos à São Paulo nos dão
tempo para relaxar, conhecer a cidade. Passeamos, eu e Arthur de mãos dadas,
aproveitamos para lanchar, e conversamos.
Temos o
último dia de ensaio, e quando finalmente chega a hora não acredito. Estou
nervosíssima, por sorte tenho uma pessoa especial para dividir esse momento
comigo.
POV- Arthur
Entramos no
palco, a energia é alucinante, eu e a Lua entramos juntos, de mãos dadas, estou
suando frio, mas quando começamos a cantar esqueço de todos os meus medos.
Na hora do
nosso dueto aproveito para relaxar, tento imaginar que estamos ensaiando a sós,
que ninguém nos vê, que é mais um dos nossos ensaios na casa dela.
POV- Lua
No final da
música nos beijamos, um selinho só, coisa rápida, mas suficiente para levar o
público ao delírio, estava na cara que eles não imaginavam que faríamos isso.
Depois de
sermos entrevistados e jantarmos retornamos ao hotel, onde teremos algumas
horas pra descansar antes de viajarmos novamente.
Decidimos
dormir separados, para poder descansar de verdade, mas no meio da noite
desisto, havia me acostumado a dormir no colo dele, sentindo o cheiro dele.
Decido ligar pro quarto dele e ver se ele está acordado, no primeiro toque ele
atende.
POV- Arthur
Estou
tentando dormir, sem muito sucesso, a adrenalina ainda estava agindo em meu
corpo, quando a Lua me liga. Ela confessa que está sem conseguir dormir, decido
chamá-la pra dormir comigo, ela aceita, jurava que diria não.
Quando ela
bate na minha porta abro-a sem sequer perguntar quem é. Ela entra e me beija,
começamos a conversar sobre o show, e exatamente igual à novela o clima
esquente, porém não paramos quando isso acontece.
POV- Lua
Acabo
dormindo com o Arthur, após nos beijarmos o clima esquenta e quando me dou
conta já estamos sem roupa. A noite havia sido perfeita, e eu torcia que muitas
outras, assim como essa, viessem.
Embarcamos
pra Porto Alegre quase na hora do almoço, chegando lá temos um longo dia de
teste de som e um ensaio, uma hora antes do show começar somos dispensados para
tomar banho e ser maquiados. No ensaio, que é bem mais leve que o normal,
aproveito pra namorar um pouco. Após o show....
#Continua.....
65ºCapitulo
POV- Arthur
Após o show
recebemos a notícia que teríamos a segunda feira de folga, aproveito para
curtir o dia com a Lua. Vamos ao cinema, onde somos flagrados, e depois a levo
para jantar comigo.
Decido
fazer uma surpresa pra ela, sei que aliança não é exatamente o presente que ela
gostaria então para dar algo mais haver com ela escolho um pingente em formato
de guitarra e mando encravar os dizeres....
POV- Lua
Aproveitamos
o dia de folga para relaxar, no jantar Arthur me presenteia com uma
caixinha,abro-a e dentro encontro um pingente, nele está encravado “LuAr”, um
presente simples, mas significativo o suficiente para tirar uma lágrima do meu
olho.
Tento
imaginar como seria a minha vida sem ele, se quando a novela terminasse nosso
amor continuaria, mas nada me preparava para o que viria depois.
#Continua....
Seis meses depois do último capítulo....
POV- Lua
Faz mais de
um mês que tudo acabou, a banda, a novela e inclusive o meu namoro. A
Terrinha fala que eu devo seguir a minha vida, tentar coisas novas, não
me prender ao passado. Mas, no momento, eu não tenho vontade de fazer
nada.
Num dia, pela manhã, saio da mesmice ao receber uma carta.
POV- Arthur
A última
vez que eu vi a Lua foi no aniversário do Chay, e mesmo assim, por um
período muito curto. O fim do nosso namoro foi repentino e estranho, o
clima entre nós nunca mais será o mesmo.
Os outros
integrantes da banda e da novela eu já havia revisto, mas sempre que os
revia sentia-me estranho, como se algo faltasse.
POV- Lua
A carta que
eu recebera era da Juliard, uma conhecida faculdade de artes nos EUA,
quando eu era mais nova, durante a faculdade de letras, eu mandei pra
eles a minha inscrição, mas não fui chamada. Pelo que eu pude
compreender da carta, eles haviam visto a minha performance na novela e
na banda, e julgaram-me capaz de fazer uma graduação na universidade
deles.
POV- Arthur
Decido que só voltarei a trabalhar após alguns meses de descanso, fico basicamente em casa ou no clube nadando.
Num sábado
quente, ou melhor, num sábado muito quente, decido ir à praia, Micael,
Chay, Sophia e Mel também iriam. Não chamo a Lua.
POV- Lua
A carta
talvez fosse exatamente o que eu precisava para mudar a minha vida,
decido antes de dar-lhes uma resposta pensar no assunto.
Vou até a praia dar uma caminhada, lá encontro a Mel e a Sophia.
POV- Arthur
Quando
chego à praia com Chay e Micael vejo Sophia e Mel, e junto delas, para o
meu espanto, a Lua.Sorridente como sempre ela parecia contar algo para
as meninas, que não piscavam de tão concentradas que estavam.
POV- Lua
Converso
com as meninas,que me contam as novidades, e reclamam que eu não tenho
saído com elas. Começo a contar pra elas sobre a carta que recebi,
quando Chay, Micael, e Arthur, mais gato que o normal, aproximam-se.
POV- Arthur
Quando me
aproximo delas decido cumprimentar a Lua por últimos, já que nem sei
como me aproximar dela. Sinto-me nervoso com a presença dela, mas tento
não demonstrar isso.
“Oi” Falo, e ela responde...
Continua...
67ºCapitulo
POV- Arthur
“Oi” ela fala com uma voz um pouco tremula, bem diferente do
normal que é sempre confiante e alta.
O nosso diálogo não flui, fica nisso mesmo, e salvando-nos
do silêncio a Mel fala.
POV- Lua
Fico sem reação quando Arthur fala comigo, venho me
preparando pra esse possível encontro faz tempo, mas parece que não serviu de
nada preparar-me.E fico mais sem reação ainda quando a Mel fala:
“Lua continua a história da Juliard”
Eu conto a todos sobre a carta que recebi, e o que estava
escrito nela.
POV- Arthur
Espera Juliard? Ela falou Juliard? A universidade nos EUA de
artes? Isso significa que ela vai morar fora do país? Uma graduação leva, no
mínimo, quatro anos, e isso é tempo suficiente pra ela esquecer o Brasil,
esquecer a todos, me esquecer! Tempo suficiente pra namorar, até se casar, ter
filhos! OK, estou pirando, é fato!
Todos a parabenizam, mas eu não consigo pronunciar uma
sílaba, mas do que me importa se ela vai embora? Não namoramos mais, a nossa
amizade já se foi basicamente, ou melhor, já acabou, ela é livre pra viver do
jeito que quiser, ela não é mais nada pra mim. QUEM EU ESTOU QUERENDO ENGANAR
NEM SEI POR QUE ACABAMOS!
POV- Lua
Fico incomodada pela forma que sou observada pelo meu ex.
Ah, não consigo chamá-lo assim, não esqueço-o, nem ficar com outro eu consegui,
e não foi por falta de oportunidade.
Na hora de me despedir dele, não sei se abraço-o por uma
última vez, ou se evito o contato para não me machucar e brincar com a memória.
POV- Arthur
Na hora de me despedir fico na dúvida do que fazer, saber
que essa pode ser a última vez que vou vê-la não me anima. Decido abraçá-la
mesmo percebendo que ela não ia fazer o mesmo, abraço-a com força, e mesmo com
todos os outros olhando não a solto.
Ela se vai, deixando na areia a marca dos pés dela. Fico
imaginando se aquela seria a última vez que eu a veria.
Continua...
POV- Lua
Quando
vou embora da praia prometo a mim mesma que não olharei pra trás. Entro
no carro e decido ligar o rádio, torcendo que a música me tire do
pensamento o abraço que o Arthur me deu.
Como a minha sorte é inacreditável ao ligar o som a música que toca é....
POV- Arthur
Ela
se vai, vejo-a entrar no carro e ligar o som ou o rádio, não sei. Sinto
um aperto no coração, mas tento me concentrar em outra coisa, escuto as
meninas comentando como estão felizes pela Lua.
Vou surfar com o Micael e o Chay. Evitando pensar na Lua, que se afasta definitivamente de mim.
POV- Lua
Não
acredito, de todas as milhares de músicas que poderiam tocar decidem
colocar logo “Você é o melhor pra mim”, poderia ser qualquer dueto, mas
não, decidem botar o dueto LuAr, afinal, se já não era ruim o bastante
ver o Arthur na praia, ser abraçada por ele, eu tinha que ser lembrada
também de uma música que nos marcou, o beijo que demos nos shows, os
momentos que passamos juntos.
-------------UMA SEMANA DEPOIS----------
Respondo
a carta da Juliard, finalmente, respondo-os que aceito o convite, e
agendo o meu visto de residente nos EUA, além disso começo a procurar o
apartamento que alugarei no campus da universidade.
Conto a notícia pra minha família, que adora a novidade.
POV- Arthur
Depois
do dia da praia decido arranjar uma namorada, ou ao menos uma ficante,
vou em festa, fico com algumas meninas, me divirto, mas na hora de
levá-las pra cama sempre penso na Lua.
Numa
tarde estou no clube quando recebo uma mensagem, era da Sophia, ela e a
irmã da Lua planejavam uma festa de despedida, seria dália a um mês,
mas para que ninguém faltasse já estavam comunicando a todos, a festa
seria surpresa.
Fico
me imaginando entrando novamente na casa da Lua, mas dessa vez com um
papel completamente diferente, não entraria com ela, nem com a certeza
que ela me amava.
POV- Lua
Estou
arrumando as coisas para a mudança, acho uma caixa, onde dentro se
encontram fotos, antigas, novas, de todos os tipos. Vou separando-as,
quando vejo uma foto de uma social que teve, na foto estou sorridente no
colo do Arthur.
Como
se aquela visão fosse uma faca no meu peito sinto-me triste, não
consigo conter as lágrimas, e no chão do meu quarto começo a chorar,
penso em rasgar a foto, mas não tenho coragem, então a guardo no fundo
de uma gaveta, onde guardo alguns presentes dos fãs.
---------semanas depois------
Faltavam
duas semanas pra minha viagem, eu vou tirar o visto. No caminho vejo
uma revista que estampa a foto do Chay, Arthur e Micael, era um
entrevista sobre a vida deles após Rebelde, e em baixo, escrito em
letras grandes, estava os dizeres “Arthur fala sobre o fim de LUAR”.
Passo reto,depois quando entro em casa....
Continua...
69ºCapitulo
POV- Arthur
Na entrevista que fiz, a primeira após o fim do meu namoro,
fico pensando na Lua, o que ela diria se a entrevistassem, se contaria a
verdade....
No dia da festa surpresa da Lua chego cedo na casa dela, me
ofereço para ajudar na decoração pra festa, vejo que muitos ex-colegas de
trabalham estão lá.
A Ana me pede para que eu pegue no quarto da Lua uma caixa
com fotos, a idéia era que cada um escolhesse uma para escrever para ela.
A Sophia e a Mel escolhem uma que elas tiraram antes do
nosso primeiro show, o Chay escolhe uma que eles tiraram juntos na gravação de
“Como um RockStar”, e o Micael a foto do avião. Eu fico em dúvida sobre qual, e
o que, escrever.
Fico na dúvida entre a foto que utilizamos para contar a
todos que estamos namorando, a nossa foto do Rock in Rio, ou uma que aparece
nós dois nos beijando num show.
POV- Lua
Quando entro em casa vejo a sala toda decorada, com tulipas,
as minhas preferidas, e cartazes com coisas escritas e fotos, um DJ tocava as
minhas músicas preferidas, e vejo todos que eu mais amo me esperando para se
despedir.
Não me contenho, deixo cair lágrimas dos meus olhos, abraço
a todos, leio os cartões e fotos.
O Chay me presenteia
com uma pastilha pra garganta, alegando que eu precisaria já que eu passaria
horas cantando, rio dele, sempre o palhaço. A Sophia me dá uns óculos de sol,
diz que quando eu ficar famosa nos EUA eu precisaria de um disfarce elegante
para fugir do paparazzi, a Mel me dá um estojo de maquiagem e o Micael um fone
de ouvido. Dos meus irmãos recebo um laptop novo e um IPad.
Mas de todos os presentes o que mais me emocionou foi o do
Arthur, não por ele, mas sim pelo o que era.
POV- Arthur
Demorei a escolher um presente pra Lua, mas por fim escolhi
mandar uma gráfica imprimir um quadro com fotos dela nos shows, ensaios,
filmagem e etc. Em baixo havia o autógrafo do Cold Play, que eu consegui num
show de Londres. Fiz questão de não por nenhuma foto nossa a sós.
Depois de abrir os presentes todos começamos a conversar e
dançar, a Lua subiu até o quarto deixando os presentes lá, e depois voltou para
conversar com as pessoas.
POV- Lua
Não sei exatamente que horas eram, mas em um determinado
momento escuto alguém sussurrar no meu ouvido “Whould you give me one last dance?”.
Olho para trás e vejo que era....
Continua...
70ºCapitulo
POV- Arthur
Crio
coragem, não sei como, e decido torturar-me pedindo pra Lua dançar
novamente comigo. Sussurro no ouvido dela perguntando se ela me daria
uma última dança, ela aceita, era uma música lenta, começamos a dançar e
quando noto estou beijando-a.
POV- Lua
Aceito
dançar com o Arthur, apesar de saber como aquilo me torturava, no final
da música sinto-o me puxar, e sem conseguir resistir beijo-o, havia me
esquecido de como era bom, como os lábios dele eram sempre macios, como
seu cheiro era bom, como eu o amava.
POV- Arthur
Beijá-la
foi como dar a um drogado uma droga após a reabilitação, a princípio
uma sensação maravilhosa, mas depois, a culpa passa a consumi-lo. Quando
paro de beijá-la, espero que ela fale algo, mas em vez disso ela só
sacode a cabeça e sai andando, como se aquilo tivesse sido ruim.
Começo a lembrar do motivo que terminamos, da briga para ser exato.
------ FLASHBACK-----
“Não
agüento mais, nós temos que ser o casal perfeito o tempo todo, sair em
todas as revistas, dar entrevista, eu não agüento mais¹” Eu falei já
elevando a voz.
“E você acha que eu agüento?” Ela me responde.
“Deve agüentar, vive postando fotos nossas no Twitter, respondendo perguntas, eu jamais quis essa esposição toda.” Eu falo
“Ah,
ok então se a culpa é minha vou facilitar a situação para você, acho
melhor acabarmos,antes que atuar e cantar comigo vire uma tortura
também. E mais um coisa, você acha que era bom ver você sempre agarrado
com as suas amigas, tirando foto, e isso e aquilo? Não era. Eu
detestava, acho que o nosso problema foi tentar namorar, como amigos
éramos melhores, você e eu somos muito diferentes.” Ela me fala.
Olho-a
e respondo: “Você tem razão, vamos por um fim nisso antes que nossa
amizade se acabe, eu e você não combinamos como namorados.”.
---------FIM DO FLASHBACK--------
As
palavras ainda ecoam na minha cabeça, mas decido ignorá-las, a verdade é
que tentávamos tanto ser perfeitos que nunca conversávamos sobre o que
não gostávamos, até que um dia acabamos explodindo. Não a odeio, e
imagino que ela também não me odeie, mas o nosso amor foi esquecido, não
tenho dúvida.
POV- Lua
Quando
beijo Arthur me vem a memória tudo, nosso primeiro beijo, o nosso
namoro, e a nossa briga. Entro no banheiro e jogo água no rosto, que
estava quente, tento esquecer que o amo, que o desejo, que aquele beijo
fora o nosso último.
Passo
o resto da festa o evitando, os últimos a saírem da festa são os meus
amigos mais próximos e familiares, fico feliz em notar que Arthur se foi
sem me dar tchau, era pelo bem, não sentiria tanta dor.
A
Ana fala comigo, pergunta porque não tento confessar à ele que ainda o
amo, mas não crio coragem, respondo que é pelo bem a gente ficar
separados.
POV- Arthur
Chego em casa e meto a mão no bolso para tirar a chave, quando faço isso uma coisa cai de dentro dele.
Continua...
71ºCapitulo
POV- Arthur
A foto que eu havia escolhido pra lua estava no meu bolso,
quero dizer, caiu do me bolso. Era um foto que eu tirei dela na praia, estamos
juntos, na noite seguinte ao dia que eu dei o pingente pra ela.
Decido ir até a casa dela entregar, mas no caminho decido,
dou meia volta e entro no meu apartamento, giro a chave e dou de cara com a
Lua.
POV- Lua
Quando todos se vão eu volto para o meu quarto, e quando
abro a caixa de jóias vejo as chaves do apartamento do Arthur.
Decido entregar a ele,a final pra mim elas já não tem mais
utilidade. Vou até o apartamento dele e toco a campainha, ninguém atende,
decido então abrir a porta, largar as chaves na mesa e sair batendo a porta,
assim trancando-a.
Antes de sair resolvo beber uma água, e para não deixar nada
sujo lá eu resolvo lavar o copo.
Estou saindo do AP, quando o dono do mesmo chega.
POV- Arthur
Olho-a e fico feliz de vê-la ali, fazia tempos que eu
sonhava chegar a casa e dar de cara com ela. Noto que a Lua fica sem graça.
“Não esperava vê-la aqui” Falo.
“Desculpa, eu vim deixar a chave que você me deu, mas não
tinha ninguém em casa, então decidi entrar e largá-la aqui em cima, em fim, já
estou indo, não quero incomodá-lo”Ela fala, já andando em direção à porta.
Antes que ela possa sair, ajo sem pensar e seguro-a.
“Não, fica. Vamos conversar, quero que você viaje só depois
deu pode me desculpar com você.”
POV- Lua
Quando ele me fala isso perco todos os sentidos, olho-o e
falo
“Não tem o que se desculpar, eu errei também.”
“Errou, mas eu também errei, e preciso falar com você antes
que você viaje.” Ele fala, e sorri. Como posso resistir? Um sorriso daqueles é
de tirar o fôlego de qualquer um.
Ele se desculpa,diz que errou em achar que eu era culpada
pela nossa exposição, e no final, pela primeira vez ele em muito tempo escuto-o
dizer que me ama.
POV- Arthur
“Eu sei que você vai me matar depois do que vou fazer, mas
preciso beijá-la uma última vez.”
Beijo-a antes que ela proteste, ela me beija de volta, não
tento resistir já tiro a blusa dela no momento que tenho a oportunidade. Ela
faz o mesmo com a minha, e assim temos a nossa última noite juntos, aquele que
disse que sexo depois de reconciliação é o melhor estava completamente certo.
Infelizmente, nós só transamos, ela ainda iria para os EUA e
eu teria que me adaptar à uma vida nova.
POV- Lua
Decido ir embora no momento que acordo, deixo um bilhete pra
ele, e peço que não vá ao aeroporto no dia da minha viagem, para evitar
sofrimento. Assino o bilhete, e fazendo silencio vou embora, sem olhá-lo.Meus
olhos enchem-se de lágrimas.
Continua...
72ºCapitulo (Penúltimo Capitulo)
POV- Arthur
Acordo
e acho o bilhete da Lua, ela tem razão, despedidas são péssimas. Vou
tomar banho, e junto a minha calça jeans que ficou na sala, e ao
levantá-la me lembro da foto.
Decido não entregá-la, é melhor assim.
Tomo
um banho e decido almoçar com meu irmão. Depois passeio no shopping e
quando estou prestes a ir embora passo por uma loja, que me dá uma
grande idéia.
Ligo
para a Terrinha, falo tudo, o motivo pelo fim do meu namoro com a irmã
dela, como amo a Lua, e por fim escuto o que eu queria:
“E você está esperando o que? Não a perca, ela também te ama!”
Não penso duas vezes, tenho uma semana para por meu plano em prática, não tenho tempo a perder.
POV- Lua
Passo
os dias depressiva, sinto um aperto no coração, talvez viajar não seja a
melhor escolha, mas minha família me impede de desistir, me mandam
parar de ser boba. Arrumo as últimas malas com cautela, e quando estou
separando os meus casacos acho a blusa xadrez do Arthur que eu roubei na
nossa primeira noite.
O cheiro dele ainda está na blusa, noto.
Pego
o passaporte, a carta da universidade e ponho na bolsa, junto com o
meu laptop, IPad, bala (que o Chay me deu), o make da Mel, os fones do
Mica e os óculos da Sophia.O presente do Arthur vai junto com a minha
mudança.
No aeroporto estranho o comportamento da Ana, que olha de um lado para o outro, como se esperasse que alguém mais chegasse.
Quando
chamam meu avião eu entro na sala de embarque, uma hora depois me vejo
sentada dentro do avião com os olhos cheios de lágrimas, penso “Tchau
Rio, adeus Arthur Aguiar”.
Quando
penso nele não me seguro, começo a chorar muito, e como eu ficava na
classe executiva todos que entravam no avião passavam por mim.
POV- Arthur
Pego
o trânsito do século, me atraso pra chegar no Galeão, mas quando
finalmente chego encontro a Terrinha e os outros familiares da Lua me
esperando.
Olho-os e eles só me encaram com uma cara triste, ela já havia embarcado.
Continua...
73ºCapitulo (Ultimo Capitulo)
POV- Arthur
Corro para fazer o meu check in, a fila é rápida já que
tenho passagens executivas, corro para a sala de embarque e por fim entro no
avião.
Procuro-a entre os passageiros, uma menina me reconhece,
pede o meu autógrafo, mesmo sem vontade assino para ela e volto à minha caça.
POV- Lua
Estou com os óculos enormes que a Sophia me deu, para que
ninguém me reconheça, e decido escutar música nos fones (muito potentes) que o
Micael me dera. Afundo o rosto no travesseiro que me deram no avião e fico
virada para a janela.
POV- Arthur
Procuro-a mas não a acho, sento-me ao lado de uma senhora,
que dormia. Fico na cadeira do corredor. Quando o avião está prestes a decolar
mandam-me colocar o cinto e desligar os aparelhos eletrônicos.
POV- Lua
Estou quase dormindo quando alguém me cutuca, olho quem é e
vejo que a aeromoça falava algo, tiro os fones e ela me manda desligar o
aparelho eletrônico que eu usava.
Faço isso. E decido limpar o óculos que estava embaçado.
POV- Arthur
Vejo uma aeromoça falar com a garota que estava na fileira
ao meu lado, quando ela tira o óculos a reconheço na hora. Era a Lua, os olhos
dela estavam avermelhados pelo choro, que era notório.
Me levanto, ignorando os avisos de ficar sentado, ando até
ela e sussurro “Você vai agüentar viajar comigo para os EUA?”
POV- Lua
Reconheço a voz imediatamente, a princípio acho que é um
sonho, mas não o cheiro e o toque que eu sinto não me deixam ficar iludida.
Viro-me, e sem nem pensar o beijo.
POV- Arthur
A aeromoça vem até nos e diz que se eu não me sentar serei
obrigado a sair da área executiva. Decido obedecer, e durante os longos cinco
minutos que sou obrigado a ficar sentado longe da Lua fico olhando-a, depois me
sento no lugar vago que tem ao lado dela. Quando desembarcamos,antes de pegar
as malas, nos beijamos muito.
Meses se passaram, e finalmente crio coragem de pedi-la em
namoro novamente, estamos juntos faz três meses, a Lua está muito feliz na
faculdade, e eu que estou atuando em alguns seriados estou levando a vida bem.
Reservo um hotel de luxo pra gente, e quando levo a vendada
até o quarto mando-a olhar pela janela.
No céu um avião escrevia “LUA VOCÊ QUER SER MINHA PRA SEMPRE?”
Ela me beija, e eu levo isso como uma resposta afirmativa. A
graduação dela era só de um ano, e quando voltamos ao Brasil somos recebidos
por fãs e amigos no aeroporto. Contamos que planejamos nos casar, mas que isso
seria só no futuro, antes queríamos curtir a vida juntos.
Sophia e Micael confessam, finalmente, que estão namorando,
e o Chay e a Mel começam a ficar. As
coisas podem não ser perfeitas como em novelas, mas podem ser o mais feliz
possível, basta desejarmos e seguirmos os nossos sonhos.
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